• 3 de dezembro de 2025
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Preços do algodão recuam no Brasil e no exterior, acumulando seis meses seguidos de queda

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Cotação do algodão cai pelo sexto mês consecutivo no Brasil

O preço médio do algodão em pluma segue em trajetória de queda no mercado brasileiro, registrando em novembro o sexto mês consecutivo de desvalorização. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), o indicador atingiu o menor patamar real desde setembro de 2009, reflexo de um cenário de oferta elevada, retração da demanda interna e enfraquecimento nas cotações internacionais.

De acordo com o Cepea, mesmo com o bom desempenho das exportações, os estoques de passagem devem continuar altos, o que reforça a pressão sobre os preços. A média do Indicador Cepea/Esalq (pagamento em oito dias) em novembro foi de R$ 3,4505 por libra-peso, recuo de 1,91% em relação a outubro e de 12,5% frente a novembro de 2024. Em termos reais, o valor é o mais baixo desde setembro de 2009, quando estava em R$ 3,4089/lp (corrigido pelo IGP-DI de outubro de 2025).

Mercado internacional também registra perdas

No cenário externo, as cotações do algodão na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures) encerraram a última terça-feira com baixas moderadas, após uma sessão marcada pela forte volatilidade. O mercado foi influenciado pela queda nos preços do petróleo e por movimentos técnicos de correção, enquanto o avanço dos contratos de milho e trigo em Chicago ofereceu algum suporte.

Além disso, os investidores permanecem cautelosos à espera do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na próxima semana e pode trazer novas projeções para a safra global de algodão.

Os contratos para março de 2026 fecharam cotados a 64,57 centavos de dólar por libra-peso, com leve baixa de 0,1%. Já os papéis para maio de 2026 recuaram 0,07 centavo, também uma variação de 0,1%, encerrando a 65,71 centavos de dólar por libra-peso.

Perspectivas seguem cautelosas para o setor

Com os preços no menor nível em mais de uma década e a oferta ainda elevada, analistas esperam que a recuperação do mercado ocorra de forma gradual, dependendo da retomada da demanda da indústria têxtil e do comportamento das exportações nos próximos meses.

Enquanto isso, o mercado internacional aguarda os próximos relatórios do USDA e a evolução das condições climáticas nas principais regiões produtoras, fatores que poderão influenciar o ritmo de recuperação das cotações ao longo de 2026.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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