Preços da soja seguem volatilidade no Brasil e na Bolsa de Chicago, com influência do clima e da demanda
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O comportamento da soja no Brasil apresenta variações significativas entre os estados, refletindo fatores climáticos, demanda local e dinâmica do mercado de carnes.
No Rio Grande do Sul, a seca ameaça a safra, levando produtores a anteciparem a comercialização para travar os preços. Segundo a consultoria TF Agroeconômica, “para pagamento em novembro, com entrega em dezembro, os preços no porto foram reportados a R$ 141,00 por saca (-2,08% semanal), enquanto no interior, referências em cidades como Cruz Alta, Santa Rosa e São Luiz ficaram em torno de R$ 133,00, salvo Passo Fundo a R$ 137,00”, afirmou a consultoria.
Em Santa Catarina, o mercado de carnes impulsiona a soja. Valores se mantiveram firmes, com saca cotada em R$ 127,00 em Rio do Sul, R$ 125,00 em Palma Sola e R$ 121,00 nos balcões da Lar. O farelo variou entre R$ 1,95/kg e R$ 2,28/kg, enquanto no porto de São Francisco do Sul a soja foi cotada a R$ 140,00 (+0,38%).
No Paraná, o estado consolida-se como principal âncora de produtividade do país. Em Paranaguá, a saca chegou a R$ 141,80 (-0,14%), em Cascavel R$ 129,77, Maringá R$ 130,59 e Ponta Grossa R$ 133,26 por saca FOB, enquanto no balcão local o preço foi de R$ 120,00.
Mato Grosso do Sul apresenta desempenho robusto e resiliência, com boa liquidez favorecida pelo acesso logístico ao porto e demanda interna aquecida. Em Dourados, Campo Grande e Maracaju, a soja spot ficou em R$ 126,05, enquanto Chapadão do Sul registrou R$ 123,31.
Já Mato Grosso concluiu praticamente todo o plantio, mas a comercialização segue lenta, limitada pela paridade de exportação considerada pouco atrativa. Entre os principais polos, Campo Verde e Primavera do Leste registraram R$ 123,16 por saca, enquanto Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Sorriso apresentaram R$ 119,05.
Bolsa de Chicago: preços oscilam com atenção ao clima e demanda
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) mostraram comportamento lateral na manhã desta quarta-feira (3), com leve alta entre 1 e 2,5 pontos. O contrato janeiro foi cotado a US$ 11,27 por bushel e o maio a US$ 11,46. O mercado monitora os fundamentos já conhecidos, com atenção especial ao clima na América do Sul e ao desenvolvimento da nova safra, além de aguardar o relatório mensal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado em 9 de dezembro. Espera-se uma diminuição de produtividade, embora os números de exportação exijam acompanhamento.
Na terça-feira, os contratos fecharam em baixa em dia volátil, pressionados pelo clima favorável no Brasil e na Argentina, que sinaliza boa safra sul-americana, e pelas fracas vendas americanas para a China. O contrato janeiro caiu 3,25 centavos de dólar (-0,28%) para US$ 11,24 3/4 por bushel, e a posição março recuou 3 centavos (-0,26%) a US$ 11,35.
Entre os subprodutos, o farelo de soja com vencimento em janeiro fechou a US$ 311,60 por tonelada (-0,95%), enquanto o óleo de soja avançou 0,32 centavo (+0,61%), cotado a 52,68 centavos de dólar.
Perspectivas: clima e demanda seguem no radar dos produtores
Especialistas destacam que o clima na América do Sul e a demanda chinesa são os principais fatores que continuarão influenciando os preços nos próximos meses. No Brasil, os produtores buscam alternativas para minimizar riscos diante das condições climáticas e das flutuações do mercado internacional, enquanto a atenção se volta para os próximos boletins do USDA e para a evolução das vendas externas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






