Plantio do milho verão avança, mas alta incidência de doenças exige manejo preventivo
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O plantio do milho para a safra verão de 2025/26 avança rapidamente pelo Brasil, impulsionado por condições climáticas favoráveis. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mais da metade das áreas destinadas à primeira safra já estavam semeadas em outubro, superando o ritmo do ano passado.
As estimativas da Safras & Mercado indicam potencial de produção de 143,56 milhões de toneladas, reforçando expectativas de um ciclo promissor.
No entanto, especialistas alertam que o sucesso da safra dependerá não apenas do clima, mas também do controle antecipado de doenças que historicamente causam prejuízos significativos.
Doenças e fatores que favorecem a infestação
A expansão da fronteira agrícola, o uso contínuo de irrigação, baixa rotatividade de culturas e a adoção de híbridos mais suscetíveis têm contribuído para o aumento de doenças nas lavouras de milho. Entre os problemas mais recorrentes estão:
- Ferrugem-polisora: Comum no Centro-Oeste, Noroeste de Minas, São Paulo e parte do Paraná, pode reduzir a produtividade em até 44%. Sintomas incluem pústulas circulares nas folhas e disseminação pelo vento, sendo favorecida por temperaturas entre 27ºC e 30ºC e alta umidade.
- Cercosporiose: Surge entre 13 e 16 dias após a infecção, causando manchas alongadas e podendo gerar perdas superiores a 80% em variedades suscetíveis. O avanço é facilitado por vento, respingos de chuva e restos culturais, em temperaturas de 22ºC a 30ºC com umidade prolongada.
- Mancha-de-phaeosphaeria: Inicia com lesões encharcadas que evoluem para necrose, podendo causar perdas acima de 60%. É mais frequente em regiões de alta precipitação e noites frias, próximas a 14ºC.
- Mancha-foliar: Associada a condições de alta umidade e calor, afeta diferentes regiões produtoras e contribui para redução da produtividade se não houver manejo adequado.
Em casos de variedades sensíveis sem controle, os prejuízos podem variar de 8 a 10 sacas por hectare, ressaltando a necessidade de estratégias preventivas.
Manejo preventivo e uso estratégico de fungicidas
Para proteger o potencial produtivo, especialistas recomendam iniciar o controle preventivo antes do surgimento dos sintomas, principalmente até o pré-pendoamento, fase crucial para garantir produtividade.
O engenheiro agrônomo e gerente de Marketing Regional da IHARA, Valdumiro Garcia, destaca a importância de fungicidas sistêmicos com alta mobilidade. Ele cita o FUSÃO EC, que apresenta rápida absorção, translocação sistêmica e ação preventiva e curativa, mantendo eficiência mesmo em condições de chuva frequente. A tecnologia combina dois ativos de forma sinérgica, ampliando o espectro de controle e reduzindo o risco de resistência dos patógenos.
“O milho é altamente sensível ao avanço de doenças. Nosso compromisso é oferecer soluções que protejam a lavoura com eficiência, contribuindo para produtividade e sustentabilidade”, afirma Garcia.
Estratégias integradas são essenciais para reduzir riscos
Especialistas reforçam que o manejo integrado de doenças continua sendo a principal estratégia para garantir uma safra produtiva. Entre as práticas recomendadas estão:
- Monitoramento constante das lavouras;
- Escolha de híbridos adaptados à região;
- Rotação de culturas;
- Adequação e manejo de restos culturais;
- Aplicação criteriosa de fungicidas, priorizando o período inicial da cultura.
Garcia reforça que a antecipação no manejo fitossanitário é determinante para o sucesso da safra:
“As próximas semanas serão decisivas para definir se a safra acompanhará as projeções otimistas ou enfrentará limitações causadas pelos patógenos. Quem age antes, colhe mais.”
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio





