Ribeirão Cascalheira projeta aumento de 30% na colheita de pequi e reforça título de “capital” do fruto em Mato Grosso
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Colheita de pequi deve crescer 30% em Ribeirão Cascalheira
A safra de pequi em Ribeirão Cascalheira, município localizado a 780 quilômetros de Cuiabá (MT), promete ser uma das mais expressivas dos últimos anos. Produtores da agricultura familiar estimam um aumento de 30% na colheita, atingindo 520 toneladas em 2025.
A colheita, iniciada em 15 de outubro, já movimenta o mercado local e regional, com nove revendedores adquirindo o produto para abastecer Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, além dos polos de Itumbiara, Rio Verde e Cuiabá.
De acordo com o técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) em Ribeirão Cascalheira, Carlos Alberto Quintino, a produção deve atingir 1,2 mil caixas por dia, o que garante renda e sustento para 1,5 mil famílias de pequenos produtores.
“No ano passado, vendemos 400 toneladas. Agora, com a boa safra, o ritmo de colheita e comercialização está acelerado”, explica Quintino.
A caixa de 30 quilos está sendo comercializada a R$ 1 por quilo, mantendo o preço estável e competitivo para os produtores da região.
Pequi movimenta a economia e garante renda às famílias
Durante o período de 100 dias de safra, Ribeirão Cascalheira se consolida como a “capital do pequi” em Mato Grosso, concentrando a maior produção do estado.
Segundo Quintino, 80% da colheita provém do extrativismo, atividade que se mantém como uma importante fonte de renda e preservação ambiental. A Empaer atua com orientação técnica e visitas de campo para garantir boas práticas de manejo e a sustentabilidade da produção.
“O pequi da região é nativo, e o tipo de solo favorece o desenvolvimento natural da planta”, destaca o técnico.
Ceasa e grandes polos de distribuição garantem o escoamento da safra
A Central Estadual de Abastecimento (Ceasa), localizada no Distrito Industrial de Cuiabá, é a principal compradora do pequi colhido em Ribeirão Cascalheira. A unidade distribui o fruto para diversas regiões de Mato Grosso, como Várzea Grande, Primavera do Leste e Rondonópolis.
“A Ceasa é hoje o principal destino do pequi mato-grossense e ajuda a sustentar toda a cadeia produtiva”, explica Quintino.
Mercado aquecido e pequi valorizado no Centro-Oeste
Além da Ceasa, compradores de outras regiões também garantem o escoamento da produção. Evanir Gonçalves da Silva, representante de uma empresa de Cuiabá, é um dos principais revendedores da região e distribui o fruto para Goiânia, Brasília, Itumbiara, Rio Verde, Montes Claros e outras cidades.
“É um pequi de qualidade. Nesta temporada, estamos transportando cerca de dois caminhões por dia, com média de 1,2 mil caixas diárias — o que soma aproximadamente 40 mil caixas por colheita”, afirma Silva.
Sustentabilidade e recuperação ambiental com o cultivo do pequi
Atualmente, Ribeirão Cascalheira possui cerca de 280 hectares destinados ao cultivo do pequi, sendo 150 hectares de áreas nativas e 130 hectares de plantios voltados à recuperação de áreas degradadas e de preservação permanente (APPs).
A integração entre produção sustentável e reflorestamento tem fortalecido o papel da agricultura familiar na conservação ambiental, ao mesmo tempo em que garante geração de renda e valorização da cultura do pequi como símbolo regional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio






