Sema e PJC integram força-tarefa de combate ao tráfico de animais silvestres
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A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) e a Polícia Judiciária Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), integram a força-tarefa que deflagrou nesta quarta-feira (29.10), a Operação Libertas de combate ao tráfico de animais silvestres. Em Mato Grosso, a iniciativa é liderada pela 15ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Cuiabá.
A força-tarefa é composta por Ministérios Públicos, Polícias Ambientais e órgãos de fiscalização de 11 estados brasileiros. Em Cuiabá, foram apreendidas 66 munições, 01 jiboia albina, 01 celular e 02 papagaios.
Além de Minas Gerais e Mato Grosso, participaram os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Bahia.
As investigações apontam que os animais em sua maioria aves dos biomas Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, algumas ameaçadas de extinção, são retirados ilegalmente da natureza e comercializados em feiras clandestinas e pontos de venda irregulares. Além do tráfico de fauna, foram identificados outros crimes associados, como receptação, falsificação de documentos, maus-tratos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A secretária de Estado de Meio Ambiente em Mato Grosso, Mauren Lazzaretti, destacou a importância do trabalho integrado. “A Sema aperfeiçoa permanentemente seus procedimentos e adota tecnologias e estratégias de ponta para proteger a fauna silvestre, robustecendo o combate às infrações com quatro eixos: prevenção, fiscalização, inteligência e responsabilização. Esse avanço é indissociável da cooperação interinstitucional, que assegura a integração entre as várias instituições para execução coordenada das ações”, afirmou a secretária.
A operação é coordenada pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), por meio do Projeto Libertas, e pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), com apoio da organização Freeland Brasil e financiamento do Escritório de Assuntos Internacionais sobre Narcóticos e Aplicação da Lei dos Estados Unidos (INL).
“A participação do MPMT na Operação Libertas reafirma nosso compromisso com a proteção da biodiversidade e o enfrentamento rigoroso aos crimes ambientais. O tráfico de fauna silvestre é uma prática cruel que compromete o equilíbrio ecológico e alimenta redes criminosas”, destacou Ana Luiza Avila Peterlini de Souza, promotora de Justiça titular da 15ª Promotoria de Defesa do Meio Ambiente de Cuiabá.
“A operação deflagrada hoje é uma resposta contundente do Estado para proteger nossa fauna, essencial para o equilíbrio ambiental. As investigações seguem para consolidar provas e oferecer denúncia criminal pelos crimes de tráfico de fauna, maus-tratos, associação criminosa e lavagem de dinheiro”, afirmou Luciana de Paula Imaculada, promotora de Justiça do MPMG e coordenadora da operação pelo Projeto Libertas.
“Essa ação integrada demonstra o compromisso sério do Ministério Público brasileiro com o enfrentamento ao tráfico de fauna silvestre, um crime que causa sofrimento a milhões de animais, ameaça espécies inteiras e compromete os serviços ecossistêmicos essenciais à vida. Combater essa prática é também proteger a saúde pública, a integridade ambiental e a própria governança do país, uma vez que essas redes criminosas frequentemente estão associadas a outras atividades ilícitas que afetam a segurança e a estabilidade ambiental”, concluiu Juliana Ferreira, diretora-executiva da Freeland Brasil.
Fonte: Governo MT – MT






