Uma fábrica clandestina de bebidas destiladas foi interditada na manhã desta quarta-feira (8) no bairro Ouro Verde, em Várzea Grande. O local funcionava disfarçado de bar, onde o proprietário produzia e armazenava o líquido em tambores de 20 litros originalmente destinados ao armazenamento de Arla 32 — produto químico usado no abastecimento de carretas.

A ação ocorreu após denúncia anônima que alertou sobre a fabricação irregular de bebidas no estabelecimento. Durante a fiscalização, equipes encontraram diversos tambores contendo líquido e raízes em processo de fermentação.

A operação foi conduzida pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), com apoio da Vigilância Sanitária Municipal de Várzea Grande, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e do Procon Estadual.

Segundo o delegado Rogério Ferreira, titular da Decon, amostras foram coletadas pela Politec para análise laboratorial. “Os exames vão identificar se há contaminação por metanol ou outras substâncias tóxicas. Caso seja confirmada a adulteração ou falsificação, o responsável poderá responder por crime contra a saúde pública, cuja pena pode chegar a oito anos de prisão, além de multa”, explicou.

O proprietário do bar, de 55 anos, foi encaminhado à Delegacia do Consumidor para prestar depoimento. As investigações continuam.