Ex-vereador de Rondonópolis, que recebeu mais de 20 mil votos para deputado estadual em 2022, é alternativa da legenda caso Adilton Sachetti não dispute; partido se movimenta para consolidar representação federal a partir do Sul do Estado.

O Republicanos se prepara para um dos movimentos mais estratégicos rumo às eleições de 2026: garantir uma candidatura competitiva à Câmara dos Deputados a partir do Sul de Mato Grosso. A região, puxada pela força econômica e política de Rondonópolis, tornou-se prioridade para a legenda, que avalia dois nomes de peso — Adilton Sachetti e Roni Magnani.

Sachetti, atual presidente estadual do Republicanos, tem carreira política e empresarial consolidada. Ex-prefeito de Rondonópolis entre 2005 e 2008, é lembrado como gestor de uma das administrações mais bem avaliadas da história da cidade. Além disso, exerceu mandato como deputado federal de 2015 a 2019, consolidando-se como liderança respeitada em Brasília. Sua experiência e densidade eleitoral em todo o Estado o colocam naturalmente como favorito caso confirme a disputa.

Entretanto, a decisão de Sachetti ainda não está sacramentada, e o partido trabalha com a possibilidade de apresentar um nome alternativo. Nesse contexto, ganha força a figura do ex-vereador Roni Magnani, que tem trajetória marcada por votações expressivas em Rondonópolis. Em 2020, foi o mais votado para o Legislativo municipal, e em 2022 alcançou 20.928 votos ao disputar mandato de deputado estadual pelo PSB, ficando como primeiro suplente. Agora no Republicanos, Magnani surge como liderança emergente capaz de representar não apenas Rondonópolis, mas todo o Sul de Mato Grosso.

Além dos números, Roni Magnani é reconhecido como articulador político habilidoso e candidato bom de campanha, com capacidade de dialogar com diferentes segmentos, mobilizar bases e construir alianças. Sua inserção local, somada à experiência em eleições majoritárias, o posiciona como nome viável para ampliar a presença do Republicanos no cenário federal.

O contexto estadual amplia ainda mais a responsabilidade do partido: o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) assumirá o comando de Mato Grosso em 2026, faltando oito meses para a eleição, já que o governador Mauro Mendes deverá se licenciar para disputar o Senado. Pivetta vai concorrer à reeleição e, nesse cenário, o Republicanos se consolida como a bola da vez no Estado. Isso torna ainda mais estratégica a definição de um nome forte no Sul de Mato Grosso para a Câmara Federal, garantindo representatividade regional alinhada ao protagonismo estadual da legenda.

As articulações indicam que, seja com a experiência de Adilton Sachetti ou com a ascensão de Roni Magnani, o Republicanos tende a disputar com protagonismo uma vaga na Câmara Federal, alinhando projeto regional e estratégia estadual.