Mato Grosso bate recorde e colhe 55,1 milhões de toneladas de milho na safra 2024/25
Volume é 12,9% superior ao ciclo anterior e consolida o estado como maior produtor de milho do país, responsável por quase metade da produção nacional da segunda safra. Foto: Reprodução
Mato Grosso encerrou a colheita da segunda safra de milho 2024/25 com um resultado histórico: 55,1 milhões de toneladas. O volume representa crescimento de 12,9% em relação à safra 2023/24, segundo dados do 12º e último Levantamento da Safra de Grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A área plantada também aumentou, chegando a 7,28 milhões de hectares — avanço de 3,3% frente ao ciclo anterior. O bom desempenho, de acordo com a Conab, foi favorecido por chuvas bem distribuídas ao longo do desenvolvimento das lavouras, além do uso de sementes de alta qualidade, manejo eficiente de fertilizantes e controle de pragas.
“O resultado é fruto da combinação das condições climáticas favoráveis, associada às práticas agrícolas avançadas. Essa conjuntura culminou no recorde de produtividade e produção, beneficiando não apenas produtores locais como também o abastecimento nacional e global”, destacou o relatório da Conab.
O protagonismo mato-grossense se reflete nos números: o estado responde por 49% de todo o milho de segunda safra produzido no Brasil. No cenário internacional, contribui com cerca de 4% da oferta global do grão, fortalecendo a posição brasileira como o terceiro maior produtor mundial.
A secretária adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia, Linacis Silva Vogel Lisboa, ressaltou a importância estratégica do desempenho. “Alcançar 55,1 milhões de toneladas demonstra o alto nível tecnológico e de gestão adotado pelos produtores, o que se traduz em ganhos de produtividade e competitividade. Esse desempenho fortalece o setor logístico, amplia as exportações e garante maior circulação de divisas, consolidando Mato Grosso como um dos principais motores da economia nacional e um player relevante no mercado global de grãos”, afirmou da tribuna.
Com o novo recorde, especialistas projetam que a expansão das exportações deve intensificar a demanda logística, pressionando infraestrutura viária e portuária do país, ao mesmo tempo em que consolida o milho como um dos principais vetores de crescimento econômico de Mato Grosso.