• 5 de agosto de 2025
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VIOLÊNCIA ESCOLAR

Alunas torturam colega em escola de MT e formavam grupo com regras de facção, diz Polícia Civil

Ataque foi filmado e divulgado nas redes sociais; delegacia investiga influência criminosa no comportamento das agressoras
Foto: Reprodução

Um grupo de estudantes da Escola Estadual Carlos Hugueney, em Alto Araguaia (415 km de Cuiabá), é acusado de torturar uma colega dentro da unidade de ensino, seguindo práticas semelhantes às de facções criminosas. O caso foi divulgado nesta segunda-feira (04), após a circulação de vídeos nas redes sociais, nos quais a vítima aparece ajoelhada, sendo brutalmente agredida por outras alunas com socos, chutes e até golpes com um cabo de vassoura.

A Polícia Civil investiga o grupo, formado por cerca de 20 alunas, inclusive a vítima, que atuava dentro da escola com hierarquia, códigos de conduta e punições internas. De acordo com o delegado Marcos Paulo Batista de Oliveira, responsável pela investigação, a agressão foi uma espécie de “salve” — punição típica de facções — aplicada porque a vítima teria se recusado a dar um suco de pacotinho (“geladinho”) a uma das colegas.

Uma das regras impostas pelo grupo era que a vítima não poderia chorar durante a sessão de espancamento, sob pena de sofrer violência ainda mais severa. A investigação revelou que o grupo já teria agredido outras quatro alunas em situações semelhantes. Nos depoimentos, as suspeitas confessaram os ataques, e os celulares foram apreendidos com diversos vídeos das agressões localizados.

Segundo o delegado, algumas integrantes têm histórico familiar ligado ao crime organizado, e uma delas já havia sido conduzida à delegacia anteriormente por estar em companhia de um faccionado, que portava drogas no momento da abordagem.

A Polícia Civil informou que solicitará ao Ministério Público a internação das adolescentes envolvidas.

A Secretaria Estadual de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), em nota, afirmou que acompanha o caso e já mobilizou a gestão escolar e a Diretoria Regional de Educação para prestar apoio psicológico à vítima, aos demais envolvidos e suas famílias. A pasta também declarou que pretende aplicar “punições exemplares dentro do que permite a legislação”, mas não detalhou as medidas administrativas adotadas até o momento.

O estado de saúde da vítima não foi informado. A investigação segue em andamento.

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