• 14 de julho de 2025
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CODER

Trabalhadores da CODER anunciam paralisação de 72h a partir desta segunda-feira em Rondonópolis

Categoria protesta contra extinção da companhia; mobilizações incluem atos na Câmara e na Prefeitura
Foto: NMT

Cerca de 600 trabalhadores da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (CODER) vão paralisar suas atividades por 72 horas a partir da próxima segunda-feira (14), em protesto contra o processo de extinção da empresa pública. A decisão foi aprovada em assembleia realizada na última quarta-feira (9), durante mobilização na Câmara Municipal, com forte adesão da categoria.

A paralisação, que se estenderá até as 23h59 de quarta-feira (16), é considerada a maior dos últimos anos no setor. Durante o período, os servidores participarão de uma série de mobilizações coordenadas pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), incluindo protestos em frente ao Paço Municipal e à sede do Legislativo.

O presidente do Sispmur, Gerson Ferreira Paes Júnior, afirma que a medida visa defender os direitos dos trabalhadores e chamar a atenção para a importância estratégica da CODER, que há 48 anos atua na execução de obras públicas, manutenção de vias urbanas e serviços de infraestrutura em Rondonópolis.

“O Sispmur reafirma seu compromisso com a transparência, a legalidade e a defesa intransigente dos servidores. A extinção da CODER é um processo precipitado, sem diálogo com a sociedade, sem estudos técnicos e sem clareza sobre os impactos sociais. Estamos abertos ao debate, mas exigimos respeito com o serviço público e com os trabalhadores”, declarou.

Riscos sociais e impacto urbano

A entidade sindical alerta que a desmobilização da companhia poderá afetar diretamente cerca de 3 mil pessoas, incluindo trabalhadores e suas famílias, além de comprometer serviços essenciais prestados à população, especialmente em regiões mais carentes da cidade.

“A CODER não é apenas uma empresa, é uma estrutura que garante a execução direta de obras, tapa-buracos, manutenção de calçadas, drenagens e outras demandas que afetam o dia a dia da população. Desativá-la sem planejamento adequado é um retrocesso institucional”, argumenta o sindicato.

A paralisação deverá contar com a presença de lideranças sindicais, apoio de outros servidores públicos e apelos ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado, em busca de alternativas legais que garantam a continuidade da empresa ou a realocação dos trabalhadores.

O Sispmur reiterou que seguirá buscando canais de diálogo com os poderes Executivo e Legislativo para evitar demissões em massa e garantir que decisões sobre o patrimônio público sejam tomadas com responsabilidade e participação social.