A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) está reforçando o alerta aos produtores sobre a vacinação obrigatória contra a brucelose em bezerras de 3 a 8 meses de idade. A segunda etapa da campanha vai até 31 de dezembro, e a imunização é essencial para a saúde do rebanho, prevenção de doenças e garantia da qualidade dos produtos de origem animal.
De acordo com a médica-veterinária Tatiany Fernandes Baptista, da Empaer, a vacinação é feita uma única vez na vida do animal e protege contra problemas como abortos em vacas e redução na produção de leite. “A vacinação protege o rebanho, evitando principalmente o aborto nas vacas e a queda na produção de leite”, afirma.
A brucelose é uma zoonose que afeta bovinos e bubalinos de corte e leite, podendo ser transmitida para humanos, sobretudo pelo consumo de leite cru e derivados não pasteurizados. Por isso, além de ser obrigatória por lei, a vacina é considerada uma medida fundamental de saúde pública.
A aplicação só pode ser feita por médico-veterinário cadastrado no Indea ou por profissional com curso certificado e registro no órgão. A vacina exige manuseio técnico especializado, pois representa risco à saúde humana se administrada de forma inadequada.
A Empaer tem atuado diretamente com os produtores para garantir o cumprimento da exigência. “Realizamos capacitações específicas e continuamos com o trabalho de orientação para garantir que a vacinação ocorra de forma correta e segura”, explica Tatiany Baptista.
Multas e prejuízos
A falta de comprovação da vacinação pode gerar graves prejuízos aos criadores. Sem o documento oficial, o produtor não pode comercializar leite, perde acesso a programas como o PNAE e o PAA e fica impedido de emitir a Guia de Transporte Animal (GTA). Além disso, o descumprimento do prazo resulta em multa de 1 UPF/MT por animal, o equivalente a R$ 250,83.
Dados do Indea apontam que Mato Grosso possui 32,8 milhões de bovinos, dos quais cerca de 4,4 milhões são bezerras na faixa etária obrigatória para a vacinação.
A Empaer reforça que prevenir é a forma mais eficaz de proteger a atividade pecuária e garantir a segurança alimentar da população. “A vacinação não é só uma obrigatoriedade, é uma forma do produtor cuidar do seu negócio e de quem consome seu leite e seus produtos”, conclui Tatiany.