As forças de segurança de Mato Grosso apreenderam 19,6 toneladas de drogas nos seis primeiros meses deste ano, um volume 646% maior que o registrado no mesmo período de 2015, quando foram retiradas de circulação 2,6 toneladas de entorpecentes. Os dados constam em levantamento da Superintendência do Observatório de Segurança Pública da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), com base na série histórica dos últimos dez anos.

A comparação com anos recentes também evidencia um crescimento contínuo. No primeiro semestre de 2020, foram apreendidas 4,1 toneladas de drogas. Já em 2021, esse número subiu para 10,3 toneladas; em 2022, alcançou 12,5 toneladas; em 2023, chegou a 14,6 toneladas; e no primeiro semestre de 2024, somou 17,3 toneladas. O salto para as 19,6 toneladas neste ano representa um aumento de 378% em relação a 2020.

Uma das ações simbólicas desse avanço foi a apreensão de 340 tabletes de drogas no município de Porto Esperidião, em abril deste ano, resultado da intensificação do policiamento na fronteira com a Bolívia.

Desde novembro do ano passado, o Governo de Mato Grosso vem executando o programa Tolerância Zero, um pacote de medidas integradas voltado ao combate das facções criminosas. A iniciativa tem promovido operações conjuntas e permanentes entre as forças de segurança estaduais, com foco na repressão qualificada e na proteção do cidadão.

Para o secretário de Segurança Pública, coronel PM César Roveri, os resultados comprovam a eficácia dos investimentos realizados. “Foram investimentos vultosos na Segurança Pública em todas as frentes, desde a qualificação dos servidores até a melhoria das viaturas que estão nas ruas, além, é claro, do programa Tolerância Zero. Tudo isso tem gerado resultados, e os números comprovam”, disse.

Roveri destacou ainda o papel estratégico da fronteira de mais de 900 quilômetros entre Mato Grosso e a Bolívia. “As forças de segurança têm atuado fortemente na fronteira, impedindo o ingresso de grandes carregamentos. Ao retirar essas drogas de circulação, estamos atingindo o coração financeiro das facções criminosas”, concluiu.

A projeção da Sesp é de que as ações repressivas sigam intensificadas no segundo semestre, com novas operações já em curso nas regiões de fronteira, zonas urbanas e áreas de logística utilizadas pelo crime organizado.