Funcionário furta carga de R$ 5 mil e esconde celulares dentro de saco de boxe em Primavera do Leste
Crime de furto qualificado por abuso de confiança foi desvendado após ação da Derf; Polícia Civil recupera parte dos eletrônicos Foto: Polícia Judiciária Civil
Um crime digno de roteiro policial foi desvendado pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Primavera do Leste nesta segunda-feira (09). Um funcionário de 28 anos, aproveitando-se do cargo de confiança em uma empresa de transporte de cargas, foi flagrado furtando um volume com celulares e tablet avaliados em mais de R$ 5 mil — e tentou esconder parte dos produtos em casa, dentro de um saco de treino de boxe.
O golpe foi descoberto após a empresa registrar boletim de ocorrência comunicando o sumiço de uma remessa contendo quatro celulares e um tablet, desaparecida misteriosamente dentro do terminal de cargas. Imagens do circuito interno foram cruciais: nelas, o funcionário aparece em áreas restritas, manipulando os volumes de forma suspeita.
Com base nas provas, o delegado Rodolpho Bandeira solicitou à Justiça um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, localizada no bairro São Cristóvão. Durante o cumprimento, o investigado negou ter qualquer objeto da empresa, alegando já ter vendido os aparelhos. Mas a verdade veio à tona logo em seguida.
Durante uma varredura, os policiais encontraram um celular ainda lacrado e as caixas originais dos demais eletrônicos furtados — escondidas de forma improvisada dentro de um saco de pancadas. A nota fiscal dos produtos, emitida pela empresa remetente, confirmou a procedência ilícita.
O suspeito responderá por furto qualificado por abuso de confiança, uma das modalidades mais graves do crime, prevista no Código Penal. Seu celular pessoal também foi apreendido, e a Polícia Civil agora trabalha para identificar possíveis receptadores dos itens já revendidos.
A ação faz parte do programa estadual Tolerância Zero contra o Crime, que visa endurecer o combate aos crimes patrimoniais em todo o estado.
A confiança virou oportunidade para o crime — mas a farsa não resistiu à investigação minuciosa da Polícia Civil.