A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a 7ª fase da Operação Sisamnes, que aprofunda as investigações sobre o assassinato do advogado Roberto Zampieri, ocorrido em 2023, em Cuiabá. A nova etapa da operação tem como foco os possíveis mandantes e coautores do crime, apontando para a existência de uma organização criminosa especializada em espionagem e homicídios por encomenda.

Com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), a PF está cumprindo cinco mandados de prisão preventiva, quatro de monitoramento eletrônico, além de seis mandados de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. Entre as medidas judiciais estão ainda o recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato entre os investigados, restrição de saída do país e apreensão de passaportes.

Segundo o site Gazeta Digital, os alvos da prisão preventiva são: Aníbal Manoel Laurindo, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins e Gilberto Louzada da Silva. Quatro deles já estão presos desde fases anteriores da operação.

De acordo com as investigações, Aníbal, de 73 anos, teria sido o mandante do homicídio. O coronel reformado Etevaldo Caçadini é apontado como o financiador do crime. Já Antônio Gomes é identificado como o atirador que executou o advogado. Hedilerson Fialho teria agido como intermediário, fornecendo a pistola calibre 9mm utilizada no crime. Gilberto Louzada também é investigado por participação nos atos preparatórios.

A PF afirmou que a organização criminosa vai além do homicídio de Zampieri e estaria envolvida em um esquema sofisticado de espionagem privada, monitoramento ilegal de pessoas e execuções sob demanda.

As investigações seguem em curso, e a Polícia Federal informou que novas fases da operação podem ser deflagradas conforme o avanço da apuração dos fatos.