Mato Grosso descarta caso suspeito de gripe aviária e mantém status sanitário preservado
Exames em aves de Nova Brasilândia testaram negativo para H5N1, reforçando controle sanitário e estabilidade do setor avícola no estado Foto: EBC
O Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT) confirmou nesta segunda-feira (19) que o exame laboratorial realizado em aves de uma propriedade rural do município de Nova Brasilândia testou negativo para o vírus da gripe aviária (H5N1). O resultado foi emitido pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em São Paulo (LFDA-SP), referência nacional em diagnóstico de enfermidades aviárias.
A notificação havia sido feita no último domingo (18), após a morte de aves em um sistema de criação familiar. A suspeita inicial motivou o envio imediato de amostras biológicas ao laboratório federal, além da comunicação oficial ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que integra o sistema nacional de vigilância da doença.
Com o resultado negativo, Mato Grosso mantém sua condição de território livre de influenza aviária, sem qualquer ocorrência registrada em aves domésticas ou silvestres. O estado segue reforçando medidas preventivas e protocolos de controle, especialmente em regiões com produção avícola significativa.
Cenário nacional em alerta
Desde a identificação dos primeiros focos da gripe aviária no Brasil, em maio de 2023, o país já investigou 2.883 casos suspeitos, com 166 confirmações — a maioria envolvendo aves silvestres. Apenas um foco foi identificado em criação comercial até o momento, no município de Montenegro (RS), no último dia 15.
Segundo informações atualizadas pelo Mapa, ainda existem seis investigações em curso em diferentes estados, incluindo o caso de Mato Grosso agora descartado oficialmente. O Brasil, no entanto, permanece reconhecido como livre da doença em granjas comerciais, status validado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Risco controlado, mas vigilância continua
A gripe aviária é causada pelo vírus Influenza A, especialmente do subtipo H5N1, e afeta majoritariamente aves. Embora rara, pode ser transmitida a humanos em situações específicas de contato direto com animais infectados. Não há, até o momento, registro de transmissão sustentada entre pessoas, o que mantém o risco à saúde pública classificado como baixo.
Autoridades sanitárias reforçam que a vigilância epidemiológica continua ativa em todo o território nacional, com ênfase em biossegurança, controle de trânsito de animais e fiscalização em criações comerciais e áreas de preservação.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e o Indea-MT reforçam que a população deve notificar imediatamente qualquer mortalidade atípica de aves, seja em zona rural ou urbana, por meio dos canais oficiais do órgão.