A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Sinop, desferiu um duro golpe contra o crime organizado com a deflagração da Operação Codinome Fantasma II, realizada na última quinta-feira (15). A ação teve como foco a desarticulação de uma facção criminosa atuante no município e em outras regiões do Estado.

O resultado da ofensiva foi expressivo: 37 pessoas foram presas, sendo 28 por mandados judiciais e 9 em flagrante pelos crimes de tráfico de drogas e posse ilegal de armas. Além das detenções, foram apreendidas nove armas de fogo, centenas de munições e uma considerável quantidade de entorpecentes, entre maconha e cocaína. O trabalho investigativo também permitiu o bloqueio de 12 contas bancárias ligadas aos investigados.

Ao todo, 94 ordens judiciais foram cumpridas com base em meses de investigação da Derf Sinop, que revelaram um esquema estruturado de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, venda ilegal de armas e introdução de celulares e objetos ilícitos na Penitenciária Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o “Ferrugem”. A operação teve ramificações em Sinop, Rondonópolis, Cuiabá e até no estado de Santa Catarina.

Entre os alvos, estava um policial penal investigado por colaborar com a entrada de aparelhos celulares na penitenciária. O servidor será submetido a procedimentos administrativos pela Corregedoria Geral da Secretaria de Justiça, que acompanhou o cumprimento dos mandados.

O delegado regional de Sinop, Carlos Eduardo Muniz, afirmou que a operação é uma continuação das investigações iniciadas em 2024, com foco em diferentes núcleos da facção. “Esta segunda fase foi fundamental para desmantelar o esquema criminoso e reforça a capacidade investigativa da nossa equipe”, destacou.

Já o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, coronel PM César Roveri, celebrou os resultados como parte do programa Tolerância Zero, que integra repressão policial ostensiva e inteligência investigativa: “Estamos descapitalizando e enfraquecendo as facções. O trabalho é contínuo e estratégico”.

A Operação Codinome Fantasma II recebeu este nome devido ao uso de identidades fictícias, codinomes e empresas de fachada por parte dos criminosos para dissimular suas atividades ilegais. O caso reforça a integração das forças de segurança pública no combate sistemático à criminalidade organizada no estado.

A Polícia Civil continuará monitorando possíveis ramificações da organização criminosa e atuando com rigor para impedir o reagrupamento dos investigados.