A relação entre o Governo do Estado de Mato Grosso e a Prefeitura de Rondonópolis passa por um novo capítulo. Depois de anos de afastamento entre as duas esferas, os sinais de reaproximação começam a se concretizar sob a gestão do prefeito Cláudio Ferreira (PL). Nesta quinta-feira (15), um encontro realizado na sede da Prefeitura, com a presença do vice-governador Otaviano Pivetta e secretariado estadual, marcou um passo importante rumo à cooperação institucional, tendo como foco central a grave crise financeira da Santa Casa de Rondonópolis.

Participaram da reunião a secretária municipal de Saúde, Tânia Balbinotti, e membros das equipes técnicas estadual e municipal. Representando o Governo do Estado, também estiveram presentes os secretários Alan Porto (Educação), Juliano Melo (adjunto de Saúde), Basílio Guimarães (Planejamento e Gestão), Karol Martiniano (adjunta de Planejamento), Fabiana Bardi (adjunta de Saúde), além de Carla Brito e Alessandra Moraes, também da Saúde.

A articulação do encontro teve início na última sexta-feira (9), durante a visita do governador Mauro Mendes à cidade. Segundo o prefeito Cláudio Ferreira, o momento representa um ponto de virada nas relações entre Estado e Município. “É motivo de muito orgulho ver o Estado e o Município caminhando juntos novamente. Depois de anos de distanciamento, trabalhamos com articulação e respeito para reconstruir essa relação. Hoje, Rondonópolis voltou a ter voz e vez”, afirmou.

A situação da Santa Casa, que acumula mais de R$ 90 milhões em dívidas, foi o tema central da agenda. Tanto o prefeito quanto o vice-governador reconheceram a necessidade de reformular o modelo institucional da unidade hospitalar e buscar uma parceria sólida entre os dois entes públicos para garantir uma solução duradoura. “Não podemos viver de crise em crise. Isso está errado! Temos que ter uma solução sustentável”, afirmou Pivetta.

Cláudio Ferreira defendeu uma repactuação dos contratos e maior rigor na fiscalização da origem das dívidas. “O Estado e o Município não podem ser chamados a todo momento para pagar dívida de origem duvidosa”, enfatizou.

Além da pauta da saúde, outras possibilidades de investimentos conjuntos entre Governo do Estado e Prefeitura foram debatidas, sinalizando uma agenda mais ampla de colaboração em prol de Rondonópolis.