• 14 de maio de 2025
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POLÍTICA

Falta de comunicação na Câmara de Primavera do Leste expõe crise institucional silenciosa

Com seis cargos ocupados por pessoas sem preparo técnico, Poder Legislativo ignora imprensa local, falha em dar publicidade aos próprios atos e transforma estrutura de comunicação em cabide político
Foto: Reprodução assessoria

A Câmara Municipal de Primavera do Leste vive uma crise interna silenciosa, mas que já causa incômodo generalizado dentro e fora da instituição. Composta por seis cargos na coordenação de comunicação, a estrutura que deveria garantir a transparência e a visibilidade das ações do Poder Legislativo se transformou, na prática, em um apêndice político ineficaz — incapaz de produzir sequer um release para imprensa local.

Desde o início do atual biênio legislativo, sob o comando do presidente Marco Aurélio Sales, a gestão da Mesa Diretora ignorou critérios técnicos e optou por atender interesses políticos na composição da equipe de comunicação. Pessoas sem qualquer histórico profissional com veículos de mídia foram alocadas em funções estratégicas, enquanto os poucos que têm alguma familiaridade com o setor atuam basicamente na produção de vídeos para redes sociais institucionais.

Isolamento midiático e desprezo à imprensa

A consequência direta da falta de preparo é a completa ausência de articulação com a imprensa local. A Câmara não envia pautas, releases ou informações básicas sobre suas atividades para os veículos da cidade. O caso mais recente e simbólico foi a homenagem oficial à dupla sertaneja César e Paulinho: nenhum veículo de comunicação foi informado da solenidade, que passou despercebida do grande público.

O episódio, entretanto, não é isolado. A falta de transparência e de profissionalismo já se arrasta desde o início da atual gestão da Mesa Diretora. “Parece que a Câmara não gosta da imprensa, não trata bem quem quer prestar um bom serviço”, avalia um jornalista local, sob reserva.

Indiferença da Mesa e possível crise institucional

Nos bastidores do Legislativo, cresce o sentimento de insatisfação entre servidores, assessores e até alguns vereadores que reconhecem o isolamento midiático, mas encontram resistência na presidência da Casa para tratar do tema com seriedade. “Os membros da Mesa Diretora fazem cara de paisagem quando o problema é colocado na mesa”, relata um servidor próximo à gestão.

A situação se aproxima de um potencial ponto de ruptura institucional, com risco de gerar crises públicas de imagem e prejuízos à legitimidade das ações parlamentares. Vereadores que compõem a cúpula da Casa seguem tratando os cargos técnicos como moeda de troca política, desconsiderando o papel fundamental da comunicação pública para o bom funcionamento da democracia local.

Primavera do Leste é um dos municípios mais relevantes de Mato Grosso, com população crescente, economia pujante e forte interesse público pelas decisões do Legislativo. Ignorar a imprensa e abandonar a transparência institucional não condiz com a responsabilidade de quem ocupa uma cadeira no Parlamento. municipal.

Caso o cenário não mude, o desgaste institucional tende a se ampliar — e o silêncio da Câmara, paradoxalmente, será cada vez mais barulhento.

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