Apesar da mobilização de 64 unidades de saúde funcionando no último sábado (10), das 7h às 17h, o Dia D de vacinação contra a gripe em Rondonópolis teve adesão considerada insatisfatória. A ação da Prefeitura, coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde, visava ampliar a imunização do público prioritário e também ofereceu vacinas de rotina para todas as faixas etárias.

Ao todo, 1.950 pessoas foram vacinadas contra a influenza e outras 495 atualizaram a caderneta de vacinação. No entanto, o número está longe da meta prevista de 88.831 pessoas. A baixa procura preocupa autoridades de saúde, especialmente diante do cenário epidemiológico e da crescente incidência de doenças respiratórias nesta época do ano.

Rondonópolis figura entre os municípios com os piores índices de vacinação do estado. A secretária de Saúde, Tânia Balbinotti, alertou para os riscos da desinformação e reforçou a importância da imunização. “Ainda encontramos resistência de pais em vacinar seus filhos, até mesmo quando levamos a vacinação às escolas. Isso precisa mudar”, afirmou.

De acordo com dados da pasta, a cobertura vacinal contra a influenza no público-alvo — que inclui idosos, crianças pequenas, gestantes e puérperas — está em apenas 25,06%, o que representa cerca de 14.263 pessoas imunizadas até o momento.

Como forma de ampliar o acesso, a Prefeitura adotou uma nova estratégia: agora, todas as unidades básicas de saúde oferecem vacinas durante todo o horário de funcionamento, eliminando as restrições anteriores quanto a dias e horários específicos.

A vacina contra a gripe disponibilizada pelo SUS é a trivalente, eficaz contra os vírus influenza B, H1N1 e H3N2. Além disso, todas as vacinas do Calendário Nacional permanecem disponíveis, incluindo BCG, hepatite B, poliomielite, febre amarela, tríplice viral, HPV, entre outras.

A Secretaria Municipal de Saúde segue em alerta e reforça o apelo à população para que procure a unidade de saúde mais próxima e mantenha a vacinação em dia. “Vacinas salvam vidas e são ferramentas essenciais para prevenir surtos e retrocessos em saúde pública”, concluiu Tânia.