• 7 de maio de 2025
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RONDONÓPOLIS

Polícia Civil cumpre novos mandados de prisão em terceira fase da Operação Dejanira

Ação da DHPP de Rondonópolis mira integrantes de facção criminosa envolvidos no homicídio de Diogo Alves Pereira
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A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Rondonópolis, cumpriu nesta terça-feira (06/05) mais dois mandados de prisão preventiva relacionados ao homicídio de Diogo Alves Pereira, de 33 anos, ocorrido em novembro de 2023. A ação integra a terceira fase da Operação Dejanira, que investiga a atuação de uma facção criminosa no crime.

Os alvos, J.J.K.C.C.D.S., de 26 anos, e T.A.D.A.S., de 27 anos, já eram investigados pela participação direta na execução da vítima e foram localizados em bairros distintos do município.

Um dos investigados foi preso no bairro Parque Universitário, onde tentou se esconder atrás de uma mulher em uma mesa de estabelecimento comercial. Durante a abordagem, ele ainda tentou repassar o telefone celular para a acompanhante por baixo da mesa, mas foi interceptado e detido no local. O aparelho foi apreendido para análise.

O segundo mandado foi cumprido na Avenida Arapongas, onde o outro alvo foi localizado e preso sem resistência.

Desde o início da Operação Dejanira, oito pessoas já foram presas por envolvimento no caso. As investigações agora se concentram na localização do nono suspeito, Alex de Souza Silva, conhecido como “Tota”, que segue foragido. Ele também é apontado como integrante da organização criminosa responsável pelo homicídio.

A investigação faz parte da Operação Inter Partes, inserida no programa Tolerância Zero, iniciativa do Governo de Mato Grosso voltada ao combate às facções criminosas em todo o estado.

Operação Dejanira

Deflagrada inicialmente em 6 de março de 2024, a Operação Dejanira cumpriu, em sua primeira fase, quatro mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão temporária. As apurações indicam que Diogo Alves foi levado a uma região conhecida como “Escondidinho”, onde teria sido submetido a um “tribunal do crime” — um falso julgamento promovido por faccionados — antes de ser executado. O corpo da vítima ainda não foi localizado.

Os investigados respondem por homicídio qualificado, organização criminosa e ocultação de cadáver.

Origem do nome da operação

O nome Dejanira tem inspiração na tragédia grega “As Traquínias”, de Sófocles. Na história, Dejanira, esposa de Héracles (Hércules), tenta reconquistar o amor do marido utilizando uma túnica embebida no sangue do centauro Nesso, sem saber que a substância era venenosa. O gesto leva Héracles a uma morte dolorosa. A referência simboliza a traição disfarçada de lealdade — temática que se conecta ao modo de atuação das facções investigadas.

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