Empresa mato-grossense lidera produção nacional de roupas com algodão rastreável
Com raízes no campo, a Almagrino se destaca em sustentabilidade e inovação no setor de vestuário, e projeta crescimento na nova safra de pluma Foto:
Enquanto a safra 24/25 de algodão está em desenvolvimento nas lavouras de Mato Grosso, com estimativas que apontam para uma produção estadual de 2,67 milhões de toneladas de pluma, o setor de vestuário segue trazendo inovações e qualidade para os seus consumidores. É nesse contexto que a Almagrino, empresa mato-grossense de moda sustentável, vem se destacando.
Com produção de roupas baseada no algodão certificado pelo programa ABR – Algodão Brasileiro Responsável – da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), a Almagrino entrega ao mercado peças que contam a história do campo ao consumidor final, por meio do programa SouABR, também da ABRAPA, um sistema de rastreabilidade que abrange da semente até o guarda-roupa. O controle e cuidado deram à empresa a liderança entre os varejistas de vestuário na produção de roupas com uso de algodão rastreável no Brasil, em 2024, conforme o relatório divulgado pela ABRAPA. Foram mais de 30 mil peças certificadas e disponibilizadas aos consumidores pela Almagrino.
“Esse destaque representa o reconhecimento da nossa estratégia de negócio que prioriza de forma autêntica a produção consciente. Valorizamos a fibra produzida no Brasil com os mais altos padrões socioambientais”, explica Pedro Sávio, sócio fundador da Almagrino.
Para o ano de 2025, a projeção da empresa é atingir a fabricação de mais de 50 mil peças de roupas produzidas a partir da pluma com certificação de origem.
De Mato Grosso para o Brasil
Criada no maior polo produtor de algodão do país, a Almagrino é exemplo de como o agro pode impulsionar novos modelos de negócio sustentáveis. Desde a sua criação, há apenas três anos, a Almagrino tem alcançado metas próprias de oferecer qualidade e inovação em suas peças. A empresa foi a responsável pelo lançamento da primeira camiseta rastreável do Brasil equipada com QR code visível através do programa SouABR, que permite a interação direta com o consumidor ao mostrar todas as etapas da cadeia de produção da peça. Depois disso, vieram as inovações na camisa polo e camisa social, com a mesma tecnologia.
“A Almagrino tem um projeto inédito: uma ‘plantação de camisetas’. Nossos sócios e equipe acompanham o cultivo do algodão em uma área exclusiva, que fica a pouco mais de 100 km de Cuiabá. Esse monitoramento permite um acompanhamento do plantio, manejo, colheita, beneficiamento até a fiação, malharia e confecção das roupas. Com isso, conseguimos compartilhar em tempo real a história de uma peça de roupa desde quando era uma semente”, explica Pedro Sávio.
Qualidade e rapidez no atendimento a eventos e empresas
No ano passado, a Almagrino expandiu seu portfólio e sua atuação no mercado corporativo criando uma nova linha chamada Projeto 50 (P50), com foco em produtos personalizados com algodão certificado e rastreável para empresas que valorizam a pauta de sustentabilidade. A entrada no mercado B2B surgiu como uma resposta natural à demanda por peças que unam qualidade, sustentabilidade e atendimento rápido. “Conseguimos entregar um padrão de qualidade premium com prazos reduzidos e uma plataforma de sustentabilidade completa, ideal para empresas que querem vestir o algodão brasileiro com propósito e responsabilidade”, comenta Pedro Sávio.
Ainda de acordo com Pedro Sávio, muitos clientes da marca são empresas ligadas ao próprio setor do agronegócio. “Nossos clientes fazem mais do que uma escolha de consumo — é um posicionamento. A gente tem uma primícia: desenvolver processos, gestão e sistemas necessários para produzir peças com algodão certificado e rastreabilidade em blockchain. Essa transparência nas informações é diferencial competitivo, que permite ao nosso cliente saber a origem do algodão, que foi cultivado com boas práticas ambientais, trabalhistas e produtivas”, complementa.