O vereador Irmão Rogério (União Brasil) defendeu nesta segunda-feira (28), durante sessão ordinária da Câmara Municipal, a implantação do chamado “terceiro turno” em todas as unidades de Estratégia de Saúde da Família (PSF) de Primavera do Leste. A proposta prevê a ampliação do atendimento médico para o período noturno, oferecendo consultas e serviços básicos até mais tarde, principalmente para atender a população que trabalha durante o dia.

Segundo o parlamentar, a medida seria fundamental para garantir acesso mais amplo e humanizado à saúde pública, especialmente para trabalhadores que não conseguem agendar consultas durante o horário comercial. “Precisamos oferecer atendimento médico à noite nos PSFs para quem trabalha o dia todo e não tem como faltar ao serviço. Além de atender melhor a população, vamos desafogar a UPA, que hoje está sobrecarregada com casos que poderiam ser resolvidos nas unidades básicas”, afirmou Irmão Rogério.

O vereador destacou que a UPA — Unidade de Pronto Atendimento — vem absorvendo grande volume de atendimentos de baixa complexidade que poderiam ser resolvidos nas unidades de saúde dos bairros, caso houvesse maior disponibilidade de médicos fora do horário comercial.

Irmão Rogério propôs que a prefeitura estude a viabilidade de criar plantões médicos noturnos nas unidades, de forma escalonada, inicialmente em bairros mais populosos, como Primavera III, São José e Buritis, expandindo depois para toda a cidade. “É um investimento que vai trazer retorno em qualidade de vida, saúde preventiva e redução de superlotação nas emergências”, defendeu.

Atualmente, os PSFs de Primavera do Leste funcionam em horário comercial, de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h, o que muitas vezes dificulta o acesso de trabalhadores, autônomos e pequenos empresários aos serviços de atenção primária.

A sugestão do vereador será formalizada por meio de indicação ao Executivo Municipal, e Irmão Rogério informou que pretende buscar o apoio dos demais parlamentares para fortalecer o pedido junto à Secretaria de Saúde.

A proposta dialoga com práticas já adotadas em cidades de maior porte, que implementaram o atendimento estendido como forma de ampliar a cobertura da atenção básica e reduzir o fluxo de pacientes em unidades de urgência.