• 27 de abril de 2025
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ANÁLISE POLÍTICA

Pesquisa que agora aponta Janaína Riva como favorita ao Senado errou feio nas eleições de 2024

Resultados nas urnas contrastaram com levantamentos prévios e reforçam necessidade de mais transparência e critérios técnicos no setor
Foto: Reprodução Mídia News

As eleições municipais realizadas em 6 de outubro de 2024 deixaram em evidência uma série de divergências entre projeções eleitorais e os resultados das urnas em algumas das principais cidades de Mato Grosso, acendendo um alerta sobre a necessidade de mais transparência e rigor técnico na atuação dos institutos de pesquisa.

O caso mais comentado foi o da capital, Cuiabá. Pesquisa divulgada pelo Instituto Futura Inteligência em 26 de setembro daquele ano indicava o deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) na liderança com 37,4% das intenções de voto, seguido por Abílio Brunini (PL) com 26,3% e Lúdio Cabral (PT) com 20,1%. Contudo, o resultado do primeiro turno mostrou Abílio na liderança com 39,61%, Lúdio com 28,31%, e Botelho em terceiro lugar, com 26,40%, fora da disputa no segundo turno.

Situação semelhante foi observada em outras cidades importantes:

  • Várzea Grande: Projeção do Futura divulgada em 24 de setembro de 2024 colocava Kalil Baracat (MDB) com 39,8% das intenções de voto. No entanto, a eleição foi vencida por Flávia Moretti (PL), com 50,54% dos votos válidos. Kalil obteve 44,84%.
  • Rondonópolis: Em 25 de setembro, levantamento do mesmo instituto apontava Thiago Silva (MDB) com 41,3% de preferência. No pleito, o eleito foi Cláudio Ferreira (PL), com 45,74%. Thiago ficou com 33,14%.
  • Primavera do Leste: Pesquisa divulgada em 22 de setembro mostrava Ademir Goes (MDB) liderando com 41%. O prefeito eleito foi Sérgio Machnic (PL), com 60,36% dos votos válidos, contra 39,64% de Ademir.

Embora os institutos estejam legalmente autorizados a realizar projeções com base em amostragens estatísticas, os episódios de 2024 motivaram amplo debate público sobre a acurácia metodológica e o impacto das pesquisas eleitorais na formação da opinião do eleitor. Analistas políticos, entidades da sociedade civil e representantes de partidos passaram a defender novas normas de aferição técnica e de responsabilização institucional, sobretudo quando há descolamento reiterado entre projeções e resultados oficiais.

A deputada estadual Janaina Riva (MDB), que tem sido mencionada como possível candidata ao Senado em 2026, viu aliados de sua legenda aparecerem bem posicionados em diversas pesquisas e, ainda assim, saírem derrotados nas urnas — especialmente em centros estratégicos como Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande.

É importante destacar que a contratação de institutos por partidos e campanhas é uma prática legítima, reconhecida na legislação eleitoral. No entanto, o uso político de pesquisas como ferramenta de influência sobre o eleitorado precisa ser acompanhado de critérios mais rígidos de validação estatística, imparcialidade e transparência pública.

Diante desse cenário, cresce a expectativa por atualizações na legislação que regulamenta as pesquisas eleitorais no Brasil, incluindo a possibilidade de auditorias independentes e sanções proporcionais em casos de distorções técnicas graves.

A corrida para 2026 será também um novo teste para os institutos e para a credibilidade das projeções eleitorais. O eleitor mato-grossense, como mostraram os resultados de 2024, está cada vez mais atento, criterioso e resistente a narrativas pré-fabricadas.

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