• 14 de abril de 2025
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CUIABÁ

Procurador da Assembleia Legislativa se entrega após matar homem em situação de rua; defesa nega execução

Vítima foi atingida com um tiro no rosto após suposto dano a veículo; defesa nega execução
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O procurador da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, foi preso nesta quinta-feira (10), suspeito de matar com um tiro no rosto um homem em situação de rua, identificado como Ney Muller Alves Pereira. O crime ocorreu na noite de quarta-feira (9), no bairro Boa Esperança, próximo à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá.

De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada por volta das 21h para atender uma ocorrência de homicídio na Avenida Edgar Vieira. No local, a vítima foi encontrada caída, já sem vida, com uma perfuração de arma de fogo na região do rosto. O Samu foi chamado e confirmou o óbito ainda na cena do crime.

Veja o vídeo:

Testemunhas relataram que um veículo de luxo se aproximou da vítima, que foi chamada pelo motorista. Ao se aproximar do carro, Ney Muller foi baleado e caiu no chão. O autor do disparo fugiu em alta velocidade.

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o caso e, após diligências, o autor do crime foi identificado como o procurador Luiz Eduardo. Ele se apresentou na delegacia no fim da tarde desta quinta-feira, acompanhado de seu advogado, e entregou voluntariamente a arma usada e o veículo envolvido.

O advogado de defesa, Rodrigo Pouso Miranda, afirmou que não houve execução. Segundo ele, o procurador reagiu após a vítima tentar danificar seu veículo — fato que ainda será apurado pela Polícia Civil. “Foi uma fatalidade. Ele abaixou como se fosse atacar o carro e acabou sendo atingido. Luiz Eduardo tem porte legal de arma, é um cidadão trabalhador, está profundamente arrependido e vai cumprir o que determina a Justiça”, disse o advogado.

O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), informou que a instituição está acompanhando o caso e confirmou que o procurador se apresentou de forma espontânea.

A Polícia Civil ainda investiga a motivação do crime, que pode estar ligada a um suposto dano causado pela vítima ao carro do suspeito dias antes. Se confirmada a versão da autoria, Luiz Eduardo poderá responder por homicídio doloso, quando há intenção de matar.

Mais informações devem ser divulgadas após o encerramento do interrogatório, que segue na DHPP.