RONDONÓPOLIS
Enfermeira atropelada a caminho do plantão morre após seis dias internada em estado grave em Rondonópolis
Marta Celestino dos Santos, de 50 anos, foi atropelada por dois carros enquanto atravessava a faixa de pedestres em Rondonópolis; profissionais da saúde pedem justiça e segurança no trânsito. Foto:
A cidade de Rondonópolis amanheceu de luto nesta quinta-feira (10), com a confirmação da morte da técnica de enfermagem Marta Celestino dos Santos, de 50 anos. A profissional da saúde estava internada em estado gravíssimo desde o último sábado (4), após ser violentamente atropelada por dois carros enquanto atravessava uma faixa de pedestres na rua Rio Branco, a caminho de mais um plantão na UTI do Hospital Municipal.
De acordo com relatos de testemunhas, Marta foi atingida por volta das 19h, no momento em que se dirigia ao trabalho. Mesmo estando na faixa de pedestres, os dois motoristas envolvidos fugiram do local sem prestar socorro. A técnica de enfermagem sofreu traumatismo craniano e foi encaminhada em estado crítico ao Hospital Regional de Rondonópolis, onde ficou internada até não resistir aos ferimentos.
A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES-MT) emitiu nota de pesar lamentando a morte da servidora, que atuava na unidade desde 2015. “A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso manifesta profundo pesar pelo falecimento da técnica de enfermagem do Hospital Regional de Rondonópolis, Marta Celestino dos Santos. Ela atuava no hospital desde 2015. O velório e sepultamento irão ocorrer em sua cidade natal, Guiratinga”, diz o comunicado.
Segundo a Polícia Civil, um dos condutores envolvidos já foi identificado, embora a identidade ainda não tenha sido revelada para não atrapalhar as investigações. A busca pelo segundo motorista continua.
Na quarta-feira (9), colegas de trabalho, amigos e familiares realizaram um ato de protesto em frente ao Hospital Regional. Profissionais da saúde se reuniram com cartazes e faixas pedindo justiça e maior segurança no trânsito, especialmente nas imediações das unidades hospitalares da cidade, onde a circulação de trabalhadores e pacientes é constante.
Marta deixa um legado de dedicação à profissão e ao cuidado com a vida. A tragédia reacende discussões urgentes sobre a necessidade de investimentos em infraestrutura viária, sinalização adequada e fiscalização rigorosa no trânsito da cidade.