Presidente do CRM fala muito na imprensa, mas foge quando é chamado para explicar crise da Santa Casa
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O presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Diogo Sampaio, tem aparecido bastante na imprensa para falar da crise da Santa Casa de Rondonópolis. Como médico e representante da classe, ele faz questão de defender os profissionais — o que é justo. Mas quando a Câmara Municipal o convocou oficialmente para prestar esclarecimentos à Comissão Especial de Inquérito (CEI), ele se recusou a ir.
Disse que responderia por escrito, por ofício. Nem videoconferência ele aceitou. A pergunta que fica é: se ele sabe tanto, como demonstra nas entrevistas, por que não fala onde realmente importa, que é na Câmara, diante dos vereadores e da população?
A Santa Casa está mergulhada em uma crise. Os médicos estão há 8 meses sem receber salários e já são 10 dias de greve. A população sofre com a falta de atendimento. E justamente agora, quando a CEI tenta esclarecer o que está acontecendo, o presidente do CRM prefere o silêncio formal.
Será que ele realmente conhece os bastidores da Santa Casa? Ou está apenas defendendo os colegas médicos por corporativismo? Está mesmo preocupado com a saúde da população ou só quer manter a imagem de defensor da classe nas entrevistas?
Falar para a imprensa é fácil. Difícil é encarar o compromisso com a verdade diante da população. Se Diogo Sampaio quer de fato ajudar, precisa parar de fugir da CEI e vir a público — de verdade — explicar o que sabe.
Porque quem se cala quando é chamado oficialmente, talvez não tenha tanto a dizer quanto parece.