RONDONÓPOLIS Santa Casa sob risco de intervenção estadual
Ao menos foi o que propôs a deputada estadual Marildes Ferreira, que encaminhou indicação ao Governo do Estado nesse sentido Foto: Divulgação
Em meio a uma crise financeira que nos últimos anos tomou a característica de permanente e sendo alvo de uma Comissão Especial de Investigação (CEI), a Santa Casa de Rondonópolis pode sofrer uma intervenção estadual na sua gestão. Ao menos foi o que propôs a deputada estadual Marildes Ferreira, que encaminhou indicação ao Governo do Estado nesse sentido.
Hospital de referência em maternidade para a região Sudeste do estado, a Santa Casa é um hospital filantrópico conveniado ao Sistema Único de Saúde (SUS), que paga pela imensa maioria dos procedimentos médicos realizados ali, além de contar com uma ala particular e receber muita ajuda financeira tanto da iniciativa privada quanto do poder público, via repasses e emendas parlamentares.
Mas ainda assim, o hospital vive uma crise infindável nos últimos anos, acumulando uma dívida de mais de R$ 70 milhões, e com os médicos que prestam serviços na unidade de saúde em greve.
Como há essas e várias outras situações complicadas de se entender para quem olha de longe, principalmente relativos ao uso do dinheiro público investido no hospital, os vereadores resolveram abrir a CEI, como uma forma de entender melhor como funciona e dar transparência à gestão da Santa Casa, além de sugerir mudanças no modelo de gestão da unidade para evitar que os atuais problemas voltem a se repetir no futuro.
Agora foi a vez da deputada Marildes Ferreira pedir a intervenção estadual, não deixando claro se quer uma intervenção temporária ou permanente, como o que ocorreu em Cuiabá, onde o Governo do Estado assumiu a gestão da Santa Casa de lá.
O que é certo é que a Santa Casa foi construída com dinheiro e materiais doados pela população e é mantido basicamente por dinheiro público, apesar de ser uma estrutura privada e ter uma administração igualmente privada, que não tem dado conta do serviço. Sendo assim, é hora de propor saídas e novas formas de gestão, e uma dessas saídas é justamente tornar o hospital público de uma vez.
Vamos acompanhar!