Refém por R$ 8 mil: trabalhador é sequestrado por “colegas” durante churrasco e obrigado a pagar drogas e bebidas em Rondonópolis
Vítima foi mantida em cárcere por mais de 24 horas e só conseguiu pedir socorro ao fingir que ia ao banheiro; três criminosos com vasto histórico foram presos Foto:
O que parecia ser apenas um churrasco entre conhecidos se transformou em um verdadeiro pesadelo. Um trabalhador de 37 anos, recém-chegado a Rondonópolis, foi mantido em cárcere privado por mais de um dia, extorquido e ameaçado de morte por três “colegas”, membros de facção criminosa. O caso aconteceu no bairro Cohab Rio Vermelho, no domingo (6), e terminou com a prisão dos três suspeitos pelo Grupo de Apoio da Polícia Militar (GAP).
Segundo a vítima, tudo começou após ele receber um acerto trabalhista de R$ 8 mil. Os suspeitos o convidaram para um churrasco e, ao chegar à residência por volta das 15h do sábado (5), passou a ser mantido preso no local. Durante as horas de terror, foi obrigado a fazer transferências via PIX para compra de bebidas alcoólicas e entorpecentes, incluindo cocaína.
Na manhã de domingo, os suspeitos planejavam levá-lo até uma cachoeira — o que aumentou ainda mais o temor da vítima, que, sozinho no estado do Mato Grosso e sem familiares por perto, acreditou que seria morto. Foi nesse momento que ele conseguiu ir ao banheiro e discretamente ligou para o 190 pedindo ajuda.
A ação rápida do GAP foi crucial: a guarnição cercou a residência e, quando um dos suspeitos saiu para pegar algo no carro, os policiais fizeram a abordagem e invadiram o imóvel, libertando a vítima e prendendo os outros envolvidos.
A casa onde o crime ocorreu pertencia a um idoso acamado com câncer, tio de um dos suspeitos, que deveria estar no local apenas para cuidar do parente. Familiares ficaram indignados ao saber que a residência estava sendo usada para práticas criminosas.
Os três suspeitos possuem extenso histórico criminal, incluindo passagens por furto, ameaça, tráfico, lesão corporal e direção perigosa. Todos foram conduzidos à 1ª Delegacia de Polícia, onde o caso segue sendo investigado.