Preços do Café Sobem nas Bolsas Internacionais com a Safra Brasileira em Foco
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Os preços do café registravam ganhos moderados nas bolsas internacionais no início da manhã desta terça-feira (01), com a atenção do mercado voltada para a safra brasileira. Segundo especialistas do Procafé, o último veranico prejudicou a fase final do enchimento dos grãos da safra de café arábica, e os índices pluviométricos dos últimos três a seis meses ficaram abaixo do esperado, o que já impacta a produção para a safra 2026/27.
A Somar Meteorologia informou, nesta segunda-feira (31), que o estado de Minas Gerais recebeu apenas 1,1 mm de chuva na semana encerrada em 29 de março, o que corresponde a 114% da média histórica para o período.
De acordo com um relatório da Pine Agronegócios, o cenário climático nas regiões produtoras de café arábica continua adverso, o que dificulta o processo de formação das gemas florais. Para o robusta/Conilon, o preço no Vietnã está em alta, refletindo um desequilíbrio crescente entre a oferta e a demanda. Caso esse movimento persista, poderá se estabelecer um nível de preço sustentado para a entrada da safra de Conilon.
O analista Jack Scoville, do The Price Futures Group, destacou que a escassez de oferta do Brasil, aliada à produção reduzida e ao comportamento dos produtores vietnamitas, que seguram grãos na expectativa de preços mais altos, continua a impactar os preços. Embora a colheita no Vietnã já tenha terminado, os produtores estão aguardando uma valorização adicional.
Por volta das 8h50 (horário de Brasília), o contrato de maio/25 para o café arábica registrava um aumento de 480 pontos, negociado a 384,55 cents/lbp. O contrato de julho/25 subia 445 pontos, para 379,85 cents/lbp, enquanto o contrato de setembro/25 avançava 430 pontos, para 374,65 cents/lbp, e o contrato de dezembro/25 registrava alta de 470 pontos, cotado a 367,90 cents/lbp.
No mercado do robusta, os contratos de maio/25 apresentavam uma alta de US$ 25, alcançando US$ 5.294 por tonelada, enquanto o contrato de julho/25 subia US$ 35, para US$ 5.330 por tonelada. O contrato de setembro/25 subia US$ 47, sendo negociado a US$ 5.310 por tonelada, e o contrato de novembro/25 avançava US$ 54, com preço de US$ 5.231 por tonelada.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio