No Paraná, ministro Padilha anuncia ampliação da rede de saúde para reduzir tempo de espera
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Para ampliar a rede de saúde e reduzir o tempo de espera por atendimentos, nesta segunda (31), o ministro Alexandre Padilha percorreu três cidades do Paraná, anunciando um pacote de novidades com a Itaipu Binacional. Em Ponta Grossa, os serviços do SUS serão expandidos com a reforma de maternidade da Santa Casa de Misericórdia — referência para gestações de alto risco — e com a inauguração das obras do primeiro Centro de Reabilitação da região para atendimento das pessoas com deficiência. Em Londrina, a reabertura a sala de vacinação, após seis anos de inatividade, volta a aplicar na população todos os imunizantes do calendário nacional. Ainda no município, 80 instituições hospitalares filantrópicas serão beneficiadas com implantação de energia solar, gerando economia estimada em R$ 11,7 milhões ao ano.
Novos investimentos em saúde materno-infantil, oncologia e reabilitação para pessoas com deficiência
O município de Ponta Grossa será contemplado com uma série de iniciativas que fortalecem o cuidado integral à saúde da população, com foco especial na saúde das mulheres, pacientes com câncer e pessoas com deficiência. Cerca de R$ 15,2 milhões serão investidos para modernizar a Santa Casa de Misericórdia da cidade. Em uma ação que visa garantir atendimento pleno para bebês, gestantes e puérperas, a maternidade – referência do SUS para gestações de alto risco, que já realiza cerca de 150 partos por mês, agora será totalmente integrada às UTIs neonatais, qualificando ainda mais o atendimento.
No Hospital do Câncer da instituição, onde 1,7 mil pacientes oncológicos são atendidos mensalmente, será construída uma casamata – estrutura específica para radioterapia – destinada à instalação de um acelerador linear, representando um salto na infraestrutura oncológica da região.
Além disso, em uma estratégia transversal, o ministro Alexandre Padilha assinou a Ordem de Serviço para início das obras do primeiro Centro de Reabilitação da cidade. Com investimento de R$ 7,8 milhões do Governo Federal, 40 mil pessoas com deficiência serão impactadas com oferta de reabilitação em todas as modalidades: auditiva, física, intelectual e visual.
Reabertura a sala de vacinação, após seis anos de inatividade
Em Maringá, a retomada de dois importantes serviços públicos vai fortalecer a cobertura vacinal e a proteção da população. Após seis anos de inatividade, a reabertura da sala de vacinação volta a aplicar todos os imunizantes do calendário nacional, em um serviço para todas as faixas etárias – crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes – de segunda a sexta-feira. Além disso, a reativação da câmara fria vai garantir maior eficiência na distribuição de imunizantes.
- Ministro participa da reabertura da sala de vacinação após seis anos de inatividade e da reativação da câmara fria (Foto: João Risi/MS)
Desde 2019, apenas a vacina antirrábica e imunizantes para grupos específicos foram aplicados no local. “Um desrespeito ao programa de vacinação brasileiro. Mas é muito bom estar aqui vendo a sociedade de Maringá abraçar a campanha da vacina, em defesa da vida. A gente precisa acreditar cada vez mais naquilo que a ciência desenvolveu”, reforçou Padilha, lembrando que a vacinação contra a gripe começa em abril.
“Vamos começar a campanha contra a gripe agora em abril. Nós já entregamos mais de 320 mil doses aqui para o estado do Paraná e outros lotes chegarão nos próximos dias. O foco inicial são as crianças de 6 meses até 6 anos de idade, gestantes, puérperas, pessoas que têm mais de 60 anos de idade e os grupos que a Organização Mundial de Saúde recomenda”, relembrou o ministro.
Uma Só Saúde: sustentabilidade para prevenir doenças
O combate aos efeitos das mudanças climáticas e as consequências na saúde da população é uma das prioridades do Governo Federal. Em Maringá, mais de 50 cidades terão a coleta seletiva otimizada com entrega de 50 caminhões de reciclagem e 197 itens de infraestrutura para Unidades de Valorização de Recicláveis (UVR). “Muitas vezes se associa saúde à medicamento ou injeção. Nem sempre temos ideia de que se cuidarmos bem do lixo que produzimos todo dia, vamos ajudar a salvar muitas vidas nas nossas cidades e nas nossas famílias”, ponderou o ministro Padilha.
A coleta seletiva reduz a poluição e contribui para a redução do lixo acumulado em áreas urbanas, evitando a proliferação de doenças como dengue, leptospirose e outras infecções associadas ao descarte inadequado de resíduos. Com R$ 123 milhões de investimento, o convênio entre Consórcio Intermunicipal de Saneamento do Paraná (Cispar) e a Itapu também prevê a construção de 4 novas UVR em Belém (PA).
Em Londrina, um convênio entre a Itaipu Binacional e a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Paraná (FEMIPA) vai beneficiar 80 instituições hospitalares filantrópicas com transição energética. A medida vai garantir o suprimento de até 35% da energia consumida nas unidades, com economia estimada de R$ 11,7 milhões por ano. Desses hospitais, 29 vão receber usinas de energia solar, com início das instalações previsto para abril. Em junho, também serão iniciadas as obras para instalação de sistemas fotovoltaicos em quatro municípios da região.
“Não tem como reduzir o tempo de espera e aumentar o atendimento especializado no país sem uma forte parceria com as Santas Casas. Ao gerarmos economia, também geramos sustentabilidade”, destacou Padilha. “Nós estamos vendo aqui a realidade de uma ação que envolve parceiros de vários setores para reforçar a área da saúde. E estamos indo atrás de outras parcerias possíveis para direcionar esses recursos para mais atendimento e menos tempo de espera”, complementou o ministro da Saúde.
Além de reduzir custos, a adoção de fontes renováveis contribui para a mitigação das emissões de gases poluentes, impactando diretamente na melhoria da qualidade do ar e na prevenção de doenças respiratórias e cardiovasculares, especialmente entre grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.
Essa cooperação do Ministério da Saúde com o setor ambiental é parte da estratégia internacional Uma Só Saúde, preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que reconhece a interconexão entre saúde humana, animal, vegetal e ambiental. No Brasil, a iniciativa é promovida pelo Comitê Técnico Interinstitucional de Uma Só Saúde, criado pelo governo federal em 2024, que reúne mais de 20 órgãos.
Nadja Alves dos Reis
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde