• 31 de março de 2025
#Agronegócio

Mercado de Arroz Mantém Estabilidade Enquanto Setor Avalia Exportações

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O mercado de arroz segue em ritmo lento e com preços estáveis, enquanto o setor avalia os impactos das recentes movimentações no comércio exterior. Segundo Evandro Oliveira, analista e consultor da Safras & Mercado, a principal incerteza gira em torno de saber se esses novos negócios representam o início de um ciclo mais amplo de exportações ou apenas movimentações pontuais.

A entrada de uma trading no mercado, comprando arroz na faixa de R$ 82 por saca de 50 quilos, posto no Porto de Rio Grande, trouxe um novo elemento ao cenário e despertou o interesse dos produtores. “Esse valor é especialmente atrativo para produtores do Litoral e da Zona Sul do Rio Grande do Sul, que, mesmo considerando os custos logísticos, ainda obtêm uma liquidez razoável, em torno de R$ 80 por saca líquida ao produtor”, destaca Oliveira.

Já para os produtores da Fronteira Oeste, o cenário se apresenta menos favorável. “Com um frete em torno de R$ 9 por saca, somado a outros descontos no processo, o preço final recebido pelo produtor cai significativamente, ficando na faixa dos R$ 71 por saca”, explica o consultor.

As exportações continuam desempenhando um papel estratégico no equilíbrio entre oferta e demanda, especialmente neste momento de finalização da colheita nas principais regiões produtoras, como a Fronteira Oeste gaúcha. Tradicionalmente, essa época do ano desperta maior interesse de tradings internacionais, que voltam suas atenções ao Brasil em busca de oportunidades de compra. No entanto, Oliveira ressalta que ainda há fatores de pressão no mercado que precisam ser monitorados.

A ampla oferta de arroz na região do Mercosul segue como um fator determinante, uma vez que países vizinhos, como Paraguai e Uruguai, também competem pelo mercado externo, o que pode limitar o potencial de valorização do arroz brasileiro.

Na quinta-feira (27), a média da saca de 50 quilos no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros, pagamento à vista), principal referência nacional, foi de R$ 79,37, representando uma queda de 1,75% em relação à semana anterior. Na comparação com o mesmo período do mês passado, o recuo foi de 13,75%, enquanto, frente a 2024, a desvalorização acumulada já chega a 21,77%.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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