• 2 de abril de 2025
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Inflação desacelera em março, mas preços de alimentos seguem em alta

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou um avanço de 0,64% em março, apresentando uma desaceleração de 0,59 ponto percentual (p.p.) em relação a fevereiro, quando a taxa foi de 1,23%. O IPCA-E, que corresponde ao IPCA-15 acumulado no trimestre, ficou em 1,99%, superando os 1,46% observados no mesmo período de 2024. Nos últimos 12 meses, a inflação acumula alta de 5,26%, acima dos 4,96% registrados anteriormente. Em março de 2024, o IPCA-15 havia sido de 0,36%.

Entre os nove grupos de produtos e serviços analisados, todos registraram alta no mês. O maior impacto veio do grupo “Alimentação e bebidas”, com elevação de 1,09% e influência de 0,24 p.p. no índice geral, seguido por “Transportes”, que subiu 0,92%, contribuindo com 0,19 p.p. Juntos, esses dois grupos foram responsáveis por aproximadamente dois terços do IPCA-15. Os demais segmentos tiveram variações entre 0,03% (“Artigos de residência”) e 0,81% (“Despesas pessoais”).

No setor de “Alimentação e bebidas” (1,09%), a inflação dos alimentos consumidos no domícilio acelerou de 0,63% em fevereiro para 1,25% em março. Entre os itens que mais influenciaram esse movimento estão o ovo de galinha (19,44%), o tomate (12,57%), o café moído (8,53%) e as frutas (1,96%). A alimentação fora do lar também teve aumento, passando de 0,56% em fevereiro para 0,66% em março, impulsionada pelo preço da refeição (de 0,43% para 0,62%). O lanche, por sua vez, teve uma leve desaceleração, de 0,77% para 0,68%.

No grupo “Transportes” (0,92%), os combustíveis puxaram a alta, com acréscimos de 2,77% no óleo diesel, 2,17% no etanol, 1,83% na gasolina e 0,08% no gás veicular. O subitem “trem” subiu 1,90%, refletindo o reajuste de 7,04% nas tarifas no Rio de Janeiro (4,25%) desde 2 de fevereiro. No segmento de transporte intermunicipal, Porto Alegre registrou aumento médio de 14% nas tarifas de ônibus (4,99%) a partir de 1º de fevereiro.

Em “Despesas pessoais” (0,81%), a principal influência veio da alta nos preços de cinema, teatro e concertos (7,42%), após o término da “Semana do Cinema” em fevereiro. O grupo “Habitação”, por sua vez, desacelerou de 4,34% em fevereiro para 0,37% em março, reflexo da estabilidade na tarifa de energia elétrica residencial (0,43%) e da redução no gás encanado (-0,51%), com ajustes tarifários aplicados no Rio de Janeiro (-0,92%) e em Curitiba (-1,79%).

Regionalmente, todas as regiões apresentaram alta no índice. Curitiba liderou com 1,12%, impulsionada pelo aumento na gasolina (7,06%) e no etanol (6,16%). Por outro lado, Fortaleza teve a menor variação (0,34%), devido à queda nos preços da energia elétrica residencial (-1,69%) e da gasolina (-0,90%).

Os dados do IPCA-15 foram coletados entre 13 de fevereiro e 17 de março de 2025, comparando-se aos preços vigentes de 15 de janeiro a 12 de fevereiro. O indicador reflete o consumo de famílias com renda entre 1 e 40 salários-mínimos, abrangendo as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, diferenciando-se apenas pelo período de coleta e pela abrangência geográfica.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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