• 31 de março de 2025
#Agronegócio

DATAGRO destaca riscos da alta do milho e diesel para inflação brasileira em 2025

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De acordo com o estudo mais recente da consultoria DATAGRO, a alta dos preços do milho e do diesel são dois dos principais fatores de risco para a inflação brasileira em 2025. O levantamento, divulgado na atualização semanal de 10 de março, projeta aumentos significativos no IPCA, o índice oficial da inflação no Brasil. Para o grupo Alimentação e Bebidas, a previsão é de uma alta de 6,67%, enquanto para Combustíveis, a expectativa é de um aumento de 5,81% ao longo dos 12 meses de 2025.

O início do ano já tem sido marcado por uma alta volatilidade nos preços das commodities, o que levou o IPCA de fevereiro de 2025 a alcançar os maiores níveis dos últimos 22 anos para o mês. Os analistas da DATAGRO apontam que as flutuações nos preços de produtos de base, especialmente aqueles que compõem as cadeias produtivas, ainda devem gerar impactos sistêmicos na inflação ao longo de 2025.

No setor alimentício, o milho se destaca como um dos principais pontos de risco. O grão é o insumo fundamental na alimentação de aves, suínos e bovinos, afetando diretamente a produção de proteínas animais no Brasil. Segundo a DATAGRO Grãos, o preço do milho em Rondonópolis (MT) em 13 de março já estava na faixa de R$ 85,00 por sacas de 60 kg, o que representa um aumento superior a 40% em relação ao mesmo período do ano passado, sendo o maior valor desde o início da invasão russa à Ucrânia, em março de 2022. Estudos econométricos realizados pela consultoria indicam que essa aceleração nos preços do milho pode elevar a inflação dos alimentos em até 1,07% nos próximos seis meses. No índice geral, o impacto pode chegar a 0,47% no mesmo período, evidenciando a possibilidade de um efeito inflacionário sistêmico de médio prazo, gerado pela alta nos custos de produção de proteínas animais.

Outro fator de risco importante identificado pela DATAGRO é o aumento nos preços dos combustíveis, especialmente o diesel, que sofreu recente reajuste de 6,29% nas refinarias. Embora o peso do diesel no IPCA seja relativamente baixo, sua importância no custo de transporte rodoviário e no frete faz com que ele tenha um impacto significativo na inflação geral, similar ao efeito do dólar e do milho. A alta no diesel afeta o custo de várias mercadorias, refletindo-se na inflação de forma sistêmica a médio e longo prazo, especialmente nos custos de alimentos. O impacto no IPCA de Alimentação e Bebidas pode ser de até 0,77% a mais no acumulado de 12 meses até o final de 2025, mesmo sem considerar o aumento do ICMS sobre combustíveis já previsto.

A DATAGRO alerta que, apesar das medidas tomadas pelo governo e do controle da situação no curto prazo, existem fatores que sugerem uma inflação brasileira superior ao teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para 2025.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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