• 28 de março de 2025
#Agronegócio

Mercado de Defensivos para Cana-de-Açúcar Enfrenta Queda de 18% em 2024, com Redução de Preços e Crescimento da Área Tratada

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A Kynetec Brasil, líder em pesquisas de mercado para o agronegócio, divulgou recentemente seu estudo anual FarmTrak Cana-de-Açúcar 2024, que revelou um cenário de queda de 18% no mercado de agroquímicos para a cultura de cana-de-açúcar. O mercado recuou para R$ 7,5 bilhões, mas, por outro lado, a área potencial tratada (PAT) pelos produtos cresceu 4%, alcançando 83,7 milhões de hectares.

Lucas Alves, especialista em pesquisas da Kynetec, atribui a queda no valor do mercado principalmente à redução de 22% nos preços dos defensivos ao longo da safra de 2024. “O retorno financeiro dos defensivos para a cana foi diretamente impactado pela queda dos preços, mas a área tratada com esses produtos continua crescendo”, afirmou Alves.

Herbicidas e Inseticidas Lideram Consumo de Agroquímicos

Os herbicidas continuam sendo os defensivos mais utilizados, respondendo por 52% do mercado, o que corresponde a R$ 3,9 bilhões. Em seguida, os inseticidas representaram 34%, com R$ 2,6 bilhões. Os insumos de origem biológica, que incluem bioinseticidas e bionematicidas, responderam por 7% do mercado, totalizando R$ 553 milhões. Esses produtos biológicos, somados, representaram 75% da categoria.

Alves destaca a relevância da inovação e da adaptação no manejo de defensivos, especialmente no contexto das necessidades do setor sucroenergético. Em relação aos principais alvos de controle, o estudo identificou as cigarrinhas como o mercado que mais demandou insumos, totalizando R$ 916 milhões. O Sphenophorus, uma praga emergente, movimentou R$ 802 milhões, enquanto o broca-da-cana gerou R$ 610 milhões em demandas de produtos.

Perfil dos Tomadores de Decisão e Crescimento da Área Plantada

O estudo também avaliou o perfil dos tomadores de decisão no mercado de agroquímicos para a cana. De acordo com o levantamento, 75% das áreas estão sob responsabilidade de unidades produtoras de açúcar, etanol e energia, e os 25% restantes são geridos por fornecedores de matéria-prima. Mais de 60% dos responsáveis pela escolha dos defensivos pertencem à geração millennial, com idades entre 29 e 44 anos.

Em relação à área plantada, a cultura de cana-de-açúcar cresceu 3% em comparação a 2023, atingindo 8,9 milhões de hectares nas regiões analisadas. O estado de São Paulo continua sendo o maior produtor, com 56% da área, seguido por Goiás, com 12%, e a região de Minas Gerais e Espírito Santo, com 11%.

A pesquisa percorreu 51 mil quilômetros em 10 estados e 231 municípios da fronteira agrícola da cultura, abrangendo 480 unidades produtivas, entre usinas e fornecedores. Esses representantes são responsáveis por 53% da produção de cana nos estados analisados.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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