Um policial militar, que também atuava como diretor de uma escola militar em Colniza, foi preso em flagrante após matar a tiros um segurança de 26 anos dentro de um bar no município, no domingo (23). As autoridades confirmaram a prisão após o suspeito ser localizado em sua residência com uma arma de fogo e um carregador com 15 munições.

A vítima, identificada como Claudemir Sá Ribeiro, morreu ainda no local após ser baleada. O disparo, segundo testemunhas, ocorreu sem qualquer discussão aparente. O policial estava sentado na mesma mesa que Claudemir e, em determinado momento, se levantou, sacou a arma e atirou no peito do segurança à queima-roupa. A cena foi registrada por câmeras de segurança do estabelecimento e divulgada nesta segunda-feira (24).

As imagens mostram o momento exato do crime e a correria dos frequentadores que presenciaram o ato. Claudemir tentou fugir, mas caiu logo após ser atingido. O suspeito fugiu de motocicleta, mas foi preso em seguida.

Em depoimento, o policial alegou que a vítima pertencia a uma facção criminosa, justificando o assassinato. No entanto, o delegado responsável pelo caso, Ronaldo Binoti Filho, afirmou que a versão é fantasiosa. Segundo ele, o crime teria sido motivado por ciúmes, pois mulheres que estavam acompanhando o policial se sentaram posteriormente na mesa de Claudemir.

Uma funcionária do bar confirmou à polícia que Elias chegou ao local com algumas mulheres, pagou bebidas, mas perdeu a atenção delas para a mesa da vítima, o que pode ter desencadeado o ataque.

Claudemir e o irmão, Paulo Henrique, ficaram conhecidos em 2019 por construir uma réplica do avião A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira utilizando peças recicladas, como motor de Fusca, madeira e zinco. O feito ganhou repercussão nacional pela criatividade e simplicidade dos irmãos.

O caso continua sob investigação da Polícia Civil.