• 21 de março de 2025
#Ciência e tecnologia

Programa Mais Ciência na Escola chega à Paraíba

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Mais um estado do Brasil será contemplado com o programa Mais Ciência na Escola, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Escolas públicas estaduais e municipais da Paraíba terão laboratórios maker, de ciência mão na massa, para os estudantes.

O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (20), no município paraibano de Campina Grande, pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.  A solenidade ocorreu na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) com a assinatura do Termo de compromisso para a implementação do programa no Estado.

“O programa ‘Mais Ciência na Escola’ vai oferecer a estrutura necessária para que, na educação básica, os estudantes possam ter protagonismo. Através do compartilhamento de conteúdos e desenvolvimento de projetos, eles terão a oportunidade de criar soluções para o cotidiano de suas famílias e comunidades, utilizando o método científico”, afirmou a ministra do MCTI, Luciana Santos.

A iniciativa será executada em duas etapas, com um investimento total no estado de R$ 6 milhões. A fase 1 do Mais Ciência na Escola será coordenada pela Universidade Federal da Paraíba, em parceria com o Instituto Federal da Paraíba, e chegará a 30 escolas, beneficiando 30 professores e 300 alunos. Trata-se do projeto Oxente Paraíba: educação maker e cidadania digital.

Segundo a ministra, o objetivo é aproximar os estudantes da ciência, despertando o interesse pelo estudo ao integrar teoria e prática, com mais investigação e experimentação. “Queremos que este estado seja repleto de meninos e meninas talentosos, de jovens cientistas que, a cada dia, brilham mais e mais, prontos para enfrentar grandes desafios e encontrar soluções para o povo brasileiro”, pontuou.  

Com foco nas temáticas de cidadania digital, cultura maker, eletrônica básica e linguagem de programação, o projeto vai beneficiar 17 municípios, incluindo escolas rurais e uma escola localizada em comunidade quilombola. As cidades contempladas são Pocinhos, Alagoa Nova, Remígio, Lagoa Seca, Areia, Alagoa Grande, Solânea, Borborema, Belém, Dona Inês, Pedras de Fogo, Sousa, Cabedelo, Santa Rita, Picuí, Santa Luzia e Catolé do Rocha.  

O secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Estado, Claudio Furtado, expressou satisfação em receber a ministra e o programa. “A questão do letramento científico é de extrema importância para o governo do estado”, disse.   

Segundo ele, é fundamental que os jovens possam realizar atividades, como as olimpíadas científicas, e ter acesso ao laboratório maker, “que será essencial em todas as etapas do ensino, desde o fundamental até o ensino médio. Dessa forma, eles terão a oportunidade de explorar um leque de profissões científicas, com todo o apoio e estrutura necessários para seu desenvolvimento”, destacou.   

Ao todo, serão implantados laboratórios maker em 60 escolas, com oferta de cursos de formação e bolsas a 60 professores e a 600 estudantes da rede pública de ensino.

Mais Ciência na Escola  

O Mais Ciência na Escola é uma iniciativa de abrangência nacional do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com o Ministério da Educação (MEC) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Lançado em 2024, o programa vai investir R$ 200 milhões na implantação de dois mil laboratórios maker em todo o país. Os recursos são do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).  

Solenidade no Insa

Antes de lançar o Mais Ciência na Escola da Paraíba, a ministra Luciana Santos participou da solenidade de posse do novo diretor do Instituto Nacional do Semiárido (INSA), José Etham de Lucena Barbosa.  

Localizada em Campina Grande, a unidade vinculada ao MCTI é responsável por promover o desenvolvimento sustentável da região do semiárido brasileiro. A escolha do novo diretor foi realizada a partir da lista tríplice indicada pelo Comitê de Busca. 

“O INSA é uma instituição muito nova dentro do sistema, mas é uma instituição necessária, porque nada mais nada menos, cuida da do estudo da biodiversidade de uns dos biomas mais importantes do nosso país, que é o semiárido”, disse Luciana Santos.  

A ministra ainda ressaltou os desafios que o novo diretor terá à frente do Instituto. “Não tenho dúvida que o professor Etham está à altura desse desafio pela sua indiscutível capacidade técnica, teórica e domínio sobre a importância estratégica que tem o semiárido do Brasil e para nossa região”, destacou.  

José Etham é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), mestre em Botânica Cryptogâmica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutor em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

“É com a imensa honra e profundo senso de responsabilidade que assumo hoje a direção do Instituto Nacional do Semiárido. Mais do que o cargo, esta missão representa um compromisso ético, social e científico, com uma das regiões mais resilientes e inspiradoras do Brasil”, destacou o professor Etham durante a cerimônia.  

O diretor finalizou o discurso afirmando que o semiárido é terra de luta, de cultura rica, de saberes ancestrais e de um potencial transformador que exige não apenas conhecimento técnico, mas também “sensibilidade e conexão genuína com as realidades que constroem e ressignificam este território todos os dias”, completou.  

A solenidade contou com a presença do secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI, Inácio Arruda; do secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Superior da Paraíba, Cláudio Furtado; do diretor do Conselho Nacional de Desenvolvimentos Científico e Tecnológico (CNPq), Olival Freire Junior; do diretor do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste, Marcelo Carneiro Leão, entre outras autoridades.  

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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