Mercado de trigo segue lento no Sul, com preços estáveis e desafios na comercialização
Foto:
O mercado de trigo nos estados do Sul do Brasil mantém um ritmo lento, com preços estáveis e dificuldades na comercialização de farinhas, conforme análise da TF Agroeconômica.
No Rio Grande do Sul, o trigo pão comum segue cotado a R$ 1.400/t FOB, mas a demanda continua baixa, enquanto a oferta de transporte é reduzida, já que os caminhões priorizam o escoamento da soja. O trigo branqueador tem indicação de R$ 1.550/t FOB, mas sem negócios concretizados. O desempenho das vendas de farinha permanece fraco, semelhante ao registrado em fevereiro. Já em Panambi, a saca apresentou alta, atingindo R$ 71,00.
Em Santa Catarina, o cenário também é de preços estáveis e baixa liquidez no mercado de farinhas. Com estoques elevados, os moinhos têm pouca margem para pagar mais pelo trigo, que se mantém próximo de R$ 1.400/t FOB. Há ofertas do Rio Grande do Sul a R$ 1.300/t FOB, podendo alcançar R$ 1.600/t no leste do estado, considerando frete e ICMS. No que se refere aos preços pagos aos produtores, registrou-se alta em São Miguel do Oeste (R$ 74,00), enquanto houve estabilidade em Joaçaba (R$ 78,00), Rio do Sul (R$ 80,00), Chapecó (R$ 69,00) e Xanxerê (R$ 77,00).
No Paraná, o Moatrigo foi um dos destaques do setor, reunindo mais de 400 participantes e abordando temas relevantes sobre a comercialização de farinha no Brasil. No mercado, a oferta de trigo segue escassa e os preços apresentam leve alta, com pedidos variando entre R$ 1.550 e R$ 1.570/t FOB. No norte do estado, alguns negócios foram fechados a R$ 1.600/t. Os produtores, focados na colheita da soja, seguem evitando negociar trigo. Para a próxima safra, as indicações de preços giram entre R$ 1.450 e R$ 1.500/t, mas a área plantada no estado deve sofrer uma redução entre 20% e 25%. O lucro médio do triticultor paranaense registrou alta, atingindo 11,34%, com o preço médio da saca avançando para R$ 76,47.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio