Dirigir sob efeito de álcool pode resultar em penalidades severas. De acordo com a legislação, condutores flagrados com teor alcoólico superior a 0,34 mg/L podem ser presos e cumprir pena de 6 meses a 3 anos de detenção, além de pagar uma multa de R$ 2.934,70, perder a CNH por um ano e ter o veículo retido. Já quem for pego com índice entre 0,05 e 0,33 mg/L recebe multa e tem a habilitação suspensa pelo mesmo período.

Com a fiscalização mais intensa, a Operação Lei Seca tem promovido mudanças no comportamento dos motoristas em Mato Grosso. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública apontam uma queda no número de prisões por embriaguez ao volante, mesmo com o aumento expressivo no número de abordagens e testes de alcoolemia.

De 2021 a 2024, as operações passaram de 78 para 169, um crescimento de 116%. Já os testes de alcoolemia saltaram de 6.498 para 28.554, um aumento de 339%. Ainda assim, o índice de motoristas presos caiu de 9,8% para 4,8% no mesmo período.

A coordenadora do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), tenente-coronel Monalisa Furlan, atribui essa redução à maior conscientização dos condutores sobre os riscos de misturar álcool e direção. Para ela, o impacto das operações tem sido preventivo e educativo, reduzindo infrações e tornando o trânsito mais seguro.

O secretário adjunto de Integração Operacional (Saiop), coronel Fernando Augustinho, destacou que a fiscalização da Lei Seca é um trabalho contínuo e que a colaboração entre diversas forças policiais tem sido essencial para os resultados positivos.

A Operação Lei Seca é conduzida pelo GGI em parceria com prefeituras municipais, Polícia Militar, Polícia Civil, Detran, Corpo de Bombeiros, Politec, Sistema Socioeducativo, Polícia Penal e Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), em Cuiabá, além da Guarda Municipal de Várzea Grande.

Segundo Monalisa Furlan, a intensificação da fiscalização nos últimos anos fortaleceu a credibilidade da operação e tornou a segurança no trânsito uma preocupação constante dos motoristas.