Com duas vagas na disputa, a eleição para o Senado do ano que vem promete ser uma das mais disputadas de todos os tempos em Mato Grosso. E não estamos falando apenas em números, mas em qualidade dos nomes postos até agora.

Nessa disputa, teremos nomes do quilate do atual ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD), que contará com o peso do cargo de primeiro escalão no Governo Federal a seu favor, assim como dos eleitores da esquerda no estado e até do agronegócio, onde não é uma unanimidade, mas tem bastante apoio, tanto que foi escolhido pelo presidente Lula para o ministério que chefia por conta dessa representatividade.

O governador Mauro Mendes (UB) é outro que vem muito forte e conta principalmente com as realizações dos seus dois mandatos como governador para alavancar sua candidatura, mas tem se aproximado do bolsonarismo, inclusive tendo ido ao ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro para pedir anistia para os participantes dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Se a estratégia está correta e se renderá os votos que espera, só o tempo dirá. Mas que vem forte, isso é inegável.

O ex-policial rodoviário José Medeiros (PL) tem anunciado que pretende mesmo disputar uma vaga no Senado, contando para isso justamente com o voto mais da extrema direita bolsonarista, podendo inclusive compor uma chapa com Mauro Mendes. Como essa linha política é bastante forte no estado, ele tem todas as chances de se eleger, caso consiga capitalizar para si o voto desse eleitorado.

De família tradicional na política e até agora a única representante feminina a colocar o nome para o páreo, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) também é um dos nomes fortes colocados até agora e certamente será bem votada, pois conta com uma estrutura partidária forte e certamente poderá contar com o apoio do sogro, o senador Wellington Fagundes, o que lhe gabarita como um dos nomes favoritos nessa eleição.

Outros nomes fortes, como o atual senador Jayme Campos (UB) ainda não decidiram se disputam a reeleição ou partem para a disputa de outros cargos, mas é inegável que influenciarão muito no pleito. Jayme é cotado como possível candidato a governador, mas ainda precisa conversar com seu partido e com os eleitores para viabilizar esse ou outro projeto.

Ainda é cedo para cravar se serão somente estes os nomes que concorrerão ao Senado em 2026, mas já fica claro que a briga será de “cachorro grande” como se diz no popular.

E quem ganha com isso é o eleitor, que terá opções para o seu voto.