A Comissão Especial de Investigação (CEI) constituída pela Câmara de Rondonópolis deve começar os seus efetivamente nessa semana. O objetivo é investigar possíveis irregularidades na gestão de recursos públicos por parte do hospital filantrópico e sugerir mudanças pontuais na sua administração para evitar que futuro ele volte a ter os problemas que tem hoje em dia, com uma dívida acima de R$ 70 milhões, mesmo recebendo pelos serviços prestados pelo Serviço Único de Saúde (SUS) e tendo recebido acima de R$ 70 milhões em emendas parlamentares.

Essa não é a primeira vez que a Santa Casa passa por dificuldades financeiras e em outros momentos já foi necessário o aporte de dinheiro público, via emendas parlamentares federais, estaduais e municipais, para cobrir furos na sua contabilidade, mas ainda assim novas dívidas surgem e acabam por gerar dúvidas na sociedade e na classe política a respeito da gestão da unidade particular, que é privada, mas que depende de recursos públicos.

Com membros capacitados e com conhecimento da realidade da Santa Casa, a CEI agora entrará na fase de ouvir gestores e ex-gestores do hospital, além de acessar documentos contábeis e outros para tentar identificar o que há de errado, pois é nítido que a unidade hospitalar é de fundamental importância para a população da região, mas é conhecido como “poço sem fundo” justamente por consumir dezenas de milhões de dinheiro que vem via emendas parlamentares, além dos pagamentos dos procedimentos médicos feitos pelo SUS, mas ainda assim está sempre endividado.

Nesse sentido, a CEI representa o anseio da sociedade local, que procura entender como essas dívidas são geradas e quais as suas origens, além de esclarecer se há algo de errado com a gestão dos milhões em recursos públicos que são investidos ali.

E o resultado esperado, é óbvio, é uma Santa Casa mais forte e com suas finanças sanadas e que com suas finanças equilibradas, de forma que tenha dinheiro suficiente para se manter sem gerar novas dívidas.

Vamos acompanhar!