• 22 de fevereiro de 2025
#Agronegócio

Preço do boi gordo recua com maior oferta e demanda interna enfraquecida

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O mercado físico do boi gordo registrou uma nova queda nos preços ao longo desta semana nas principais regiões produtoras e de comercialização do país. O movimento é impulsionado pelo aumento da oferta de fêmeas para abate, fator que tem permitido avanço significativo nas escalas da indústria frigorífica.

De acordo com o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, esse cenário se destaca especialmente na Região Norte e tem repercutido nas demais praças com abates relevantes. “A oferta de fêmeas tem sido um elemento fundamental para a pressão sobre os preços, facilitando a ampliação das escalas de abate. No entanto, o bom desempenho das exportações de carne bovina tem impedido um recuo ainda mais expressivo nos valores pagos pela arroba”, explica.

Cenário de curto prazo e estratégia da indústria

O analista ressalta que a tendência é de manutenção desse movimento no curto prazo, reflexo da posição confortável das escalas de abate e do comportamento dos preços da carne no atacado. “A demanda interna mais fraca também contribui para esse contexto. As indústrias frigoríficas seguem exercendo pressão sobre o mercado, e essa estratégia deve persistir nos próximos dias”, acrescenta Iglesias.

Preços da arroba em queda

No dia 20 de fevereiro, os preços médios da arroba do boi gordo na modalidade à prazo apresentavam as seguintes variações nas principais praças de comercialização:

  • São Paulo – R$ 315,33, contra R$ 318,15 em 14 de fevereiro (-0,88%).
  • Goiás – R$ 298,57, ante R$ 300,18 (-0,53%).
  • Minas Gerais – R$ 305,59, frente a R$ 307,35 (-1,12%).
  • Mato Grosso do Sul – R$ 304,43, contra R$ 309,77 (-1,72%).
  • Mato Grosso – R$ 305,07, ante R$ 316,92 (-3,73%).
Exportações seguem aquecidas

Apesar do recuo no mercado doméstico, as exportações de carne bovina brasileira mantêm um desempenho positivo. Nos 10 primeiros dias úteis de fevereiro, as vendas externas de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada renderam US$ 494,078 milhões, com média diária de US$ 49,407 milhões.

O volume total embarcado no período foi de 99,848 mil toneladas, com média diária de 9,984 mil toneladas. O preço médio da tonelada exportada ficou em US$ 4.948,30. Em relação a janeiro de 2024, houve avanço de 16,1% na receita diária das exportações, aumento de 6,2% no volume diário comercializado e alta de 9,3% no preço médio por tonelada.

O bom ritmo das exportações segue como fator crucial para evitar desvalorizações ainda mais acentuadas no mercado interno, equilibrando, em parte, os efeitos da maior oferta de animais para abate.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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