Ministério da Saúde realiza treinamentos para implementação da tafenoquina no combate à malária
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O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), segue os treinamentos para a implementação da tafenoquina e do teste de Glicose-6-Fosfato Desidrogenase (G6PD) para tratar a forma mais comum da malária no Brasil, causada pelo P. vivax. Essa implementação representa um avanço significativo no combate à doença e foi iniciada na região amazônica, devido à sua relevância epidemiológica.
Entre os dias 11 e 22 de fevereiro, estão sendo capacitados 750 profissionais que atuam em municípios do Amazonas (Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença) e nos Dseis Vale do Javari e Alto Rio Solimões. O treinamento conta com o apoio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Fundação de Medicina Tropical (FMT) e da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, além dos municípios e Dseis envolvidos.
O Departamento de Doenças Transmissíveis, por meio da Coordenação de Eliminação da Malária (CEMA), realizou, em 2024, a implementação do novo protocolo de tratamento em 17 municípios e 5 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis). Até janeiro de 2025, 1.794 profissionais já foram treinados e 5.567 pessoas foram tratadas com o novo esquema terapêutico, mais rápido e com maior taxa de adesão.
Tafenoquina
A implementação da tafenoquina, que está sendo realizada de maneira gradual em todo o país, visa fortalecer o controle da malária e reduzir a incidência da doença. Os treinamentos, que estão sendo iniciados pelas regiões mais afetadas pela malária, são um exemplo de como o Ministério da Saúde trabalha para capacitar os profissionais de saúde locais e garantir a eficácia no combate à doença.
Para 2025, está prevista a expansão dessas ações para mais municípios no estado do Amazonas, em Mato Grosso, na Ilha do Marajó, no Pará, e em todo o estado de Roraima e do Amapá, além dos 18 estados da região extra-amazônica. Também está programado o treinamento nos Dseis Vilhena e Cuiabá, com foco na qualificação das equipes de saúde e na distribuição eficiente do medicamento.
“É fundamental garantir que todos os profissionais de saúde tenham acesso ao treinamento adequado e às orientações necessárias para que possam oferecer o melhor cuidado à população, especialmente nas regiões mais afetadas pela malária”, enfatizou Alda Maria, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis.
João Moraes e Alexandre Vargas
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde