Minas Gerais Intensifica Ações para Manter Suínos Livres de Doenças com o Plano de Vigilância
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Minas Gerais, um dos maiores produtores de carne suína do Brasil, intensifica suas ações de vigilância sanitária com o objetivo de preservar a sanidade do seu plantel. A região de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, é responsável por cerca de 280 mil suínos, representando 16,3% do total estadual. Dado o tamanho dessa produção, surtos de doenças podem provocar impactos econômicos significativos, como a interrupção das atividades de granjas, abate de animais e danos à cadeia produtiva, afetando empregos e grandes produtores.
Para prevenir esse cenário, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), em colaboração com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), iniciou, no dia 10 de janeiro, o quarto ciclo do Plano Integrado de Vigilância de Doenças em Suínos (PIVDS). A iniciativa visa monitorar e prevenir doenças como a Peste Suína Clássica (PSC), Peste Suína Africana (PSA) e a Síndrome Respiratória e Reprodutiva dos Suínos (PRRS). O plano, que se estende até 30 de junho, prevê mais de 200 fiscalizações, além de atividades preventivas para assegurar a segurança do rebanho e a qualidade da carne suína produzida no estado.
Júnia Mafra, coordenadora do Programa Nacional de Sanidade Suína em Minas Gerais e fiscal agropecuária do IMA, destaca a importância dessas ações: “A vigilância sanitária não apenas protege a economia do setor, mas também garante que a carne suína produzida em Minas Gerais seja segura para o consumo.”
O trabalho de fiscalização está sendo realizado nas 21 Coordenadorias Regionais do IMA, com atenção especial à saúde dos animais, às condições das granjas e às boas práticas de produção. Além disso, a colaboração de toda a cadeia produtiva é essencial para o sucesso da iniciativa, com o IMA mantendo diálogo constante com órgãos ambientais, produtores e médicos veterinários da iniciativa privada, reforçando a importância da notificação de doenças e do cadastro dos rebanhos junto ao órgão.
Paulo Roberto, fiscal agropecuário e médico veterinário do IMA em Rio Casca, enfatiza o impacto positivo das ações: “Muitos produtores perceberam, devido aos ciclos anteriores do plano, que as ações não só previnem doenças, mas também agregam valor à produção, garantindo maior segurança ao mercado.”
Além das fiscalizações e atividades de conscientização, o IMA tem promovido treinamentos especializados, como o realizado em Patos de Minas entre 26 e 28 de novembro de 2024, que capacitou mais de 50 médicos veterinários para o atendimento de suspeitas de Síndrome Hemorrágica em Suínos. Outro exemplo é a “Caravana de Educação Sanitária”, que percorreu Pará de Minas e outros nove municípios entre 21 e 25 de outubro, com palestras e diálogos sobre a vigilância contra a Síndrome Vesicular em Suínos.
Uma das ferramentas mais importantes para garantir a sanidade do rebanho é a Atualização de Rebanhos, que ocorre anualmente entre 1º de maio e 30 de junho. Esse cadastro, que inclui informações sobre o produtor e a propriedade, é essencial não só para manter o estado livre de doenças de grande impacto, como a PSC e a febre aftosa, mas também para possibilitar a abertura de novos mercados para os produtores mineiros.
O esforço contínuo do IMA e seus parceiros fortalece o compromisso de Minas Gerais com a saúde pública e a segurança alimentar, consolidando o estado como referência na produção de carne suína no Brasil.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio