• 20 de fevereiro de 2025
#Agronegócio

Mercado de Trigo: Expectativa de Alta nos Preços até Setembro

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A consultoria TF Agroeconômica projeta movimentos distintos para o mercado de trigo no curto e no longo prazo. Entre fevereiro e abril, os preços na Bolsa de Chicago devem apresentar queda, mas a partir de junho a tendência é de valorização, um reflexo já observado no Brasil. Diante desse cenário, cerealistas e cooperativas sem moinho são aconselhados a vender seus estoques agora, liberando espaço nos armazéns e destinando parte do valor obtido para contratos futuros em Chicago, a fim de aproveitar possíveis ganhos.

Para os produtores de sementes, a recomendação é fortalecer os estoques, pois a alta do trigo pode incentivar um maior plantio na próxima safra. Já os moinhos e fabricantes de derivados do cereal devem se preparar para pagar mais caro pela matéria-prima até setembro, sendo estratégico antecipar as compras.

A previsão de uma onda de frio nas próximas semanas pode impactar lavouras nas Grandes Planícies dos Estados Unidos e em regiões produtoras da Rússia, impulsionando os preços. Além disso, as exportações americanas superaram expectativas, com 569,6 mil toneladas comercializadas na última semana — um aumento de 30% em relação ao período anterior, segundo relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O volume ficou próximo ao teto projetado por analistas e 45% acima da média das últimas quatro semanas, sinalizando uma demanda internacional aquecida.

Outro fator relevante é a retração nas exportações russas. A consultoria IKAR revisou para baixo sua estimativa de vendas, projetando 43 milhões de toneladas, abaixo das 46 milhões previstas pelo USDA. A situação na Ucrânia adiciona incerteza ao mercado, especialmente após um ataque de drone na região da usina de Chernobyl, atribuído a Moscou, mas negado pelo Kremlin. Esse cenário de instabilidade pode restringir ainda mais os embarques pelo Mar Negro.

Na Argentina, estoques reduzidos mantêm os preços elevados. Até fevereiro, o país deve exportar 5,3 milhões de toneladas, das quais 1,6 milhão serão destinadas ao Brasil. A expectativa é que mais 1,05 milhão sejam adquiridas entre março e abril. Como o total exportável argentino é de 11 milhões de toneladas, restariam apenas 4,65 milhões para comercialização até novembro, fator que deve sustentar os preços no mercado internacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

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