Açúcar: contratos futuros disparam nas bolsas internacionais com preocupações sobre oferta global
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Os contratos futuros de açúcar encerraram a última semana com forte valorização nas bolsas internacionais, impulsionados pela alta do real, que desestimula as vendas por parte das usinas brasileiras, e pelas previsões de quebra de safra na Índia, segunda maior produtora mundial da commodity.
Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), os contratos registraram alta semanal de 7,31%, enquanto em Londres (ICE Futures Europe), a valorização foi de 7,57%. De acordo com analistas ouvidos pelo portal Notícias Agrícolas, o mercado segue sustentado por fatores técnicos e preocupações com a oferta global no curto prazo, refletindo o período de entressafra no Brasil e as incertezas sobre as exportações indianas.
Nova York
Na ICE de Nova York, o contrato de açúcar bruto com vencimento em março/25 fechou a sessão de sexta-feira (14) cotado a 20,42 centavos de dólar por libra-peso, um avanço de 25 pontos em relação ao pregão anterior. O contrato para maio/25 subiu 32 pontos, sendo negociado a 19,16 cts/lb. Os demais vencimentos registraram ganhos entre 16 e 33 pontos.
Londres
Na ICE Futures Europe, o contrato de março/25 foi comercializado a US$ 537,50 por tonelada, alta de US$ 8,10 em relação ao fechamento anterior. Já o vencimento maio/25 avançou US$ 9,20, sendo negociado a US$ 521,40 por tonelada. Os demais contratos registraram variações positivas entre US$ 2,50 e US$ 9,00.
Segundo informações da Reuters, as entregas de açúcar refinado relacionadas ao vencimento do contrato de março em Londres foram estimadas em 8,22 mil lotes, equivalentes a 411,2 mil toneladas. A trader francesa Sucden foi apontada como a maior fornecedora, com 6,57 mil lotes, enquanto a ED&F Man foi a única empresa a receber a mercadoria.
Mercado interno
No Brasil, o mercado físico registrou queda pelo quarto dia consecutivo na sexta-feira (14), segundo o Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 kg de açúcar cristal foi negociada pelas usinas a R$ 142,55, recuo de 0,26% em relação aos R$ 142,92 da quinta-feira anterior. Em fevereiro, o indicador acumula uma desvalorização de 6,98%.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio