A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) realizou, na noite de quarta-feira (12), uma reunião com sua diretoria e representantes de sindicatos rurais para debater os impactos da estiagem severa que assola o estado e o crescente endividamento dos produtores rurais. A seca, que sucede um período de excesso de chuvas, tem comprometido significativamente a produção agrícola e agravado a situação financeira do setor.

O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, destacou a gravidade do cenário em um vídeo divulgado nas redes sociais da entidade. Ele reforçou que os agricultores não buscam o perdão das dívidas, mas sim um prazo maior para quitá-las. “Sabemos da situação e estamos atentos a ela. Promovemos uma assembleia com nossos sindicatos rurais para discutir a realidade do Estado, que enfrenta sucessivas calamidades climáticas: primeiro o excesso de chuvas e, agora, a estiagem. Isso tem gerado um endividamento crescente aos produtores, sem perspectivas de solução no curto prazo”, afirmou.

Diante desse cenário de perdas, a prorrogação dos prazos das dívidas se tornou essencial para a continuidade da atividade agrícola no estado. Pereira enfatizou a necessidade de um plano estruturado para mitigar os impactos climáticos recorrentes. “Precisamos estar unidos às nossas entidades e dialogar com as autoridades responsáveis para encontrar uma solução sustentável. O que foi feito no ano passado resolveu o curto prazo, mas agora é necessário um planejamento de longo prazo. Os produtores não querem isenção de suas dívidas, querem pagar, mas precisam de mais tempo”, destacou.

A preocupação da Farsul também se estende à safra de verão, que já registra perdas expressivas devido à falta de chuvas. Segundo a entidade, o impacto climático compromete o desenvolvimento das lavouras e, consequentemente, a rentabilidade dos produtores. “Garantir mais tempo para os agricultores é fundamental para que tenham condições de seguir produzindo. Infelizmente, estamos enfrentando mais uma perda significativa nesta safra de verão”, concluiu Pereira.

Fonte: Portal do Agronegócio