• 20 de fevereiro de 2025
#Saúde

Estudos para fusão do Hospital dos Servidores e do Gaffrée e Guinle avançam

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Técnicos do Ministério da Saúde, da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) iniciaram a fase final dos estudos para a fusão do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) com o Hospital Universitário Gaffrée e Guinle. A medida faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais.

As equipes trabalharam para concluir o relatório que indicará o dimensionamento de pessoal, o custo da nova unidade, o planejamento para transição, além de outros pontos que darão origem à proposta de criação de uma nova unidade de saúde. Nesta semana, visitas técnicas no HFSE deram início às discussões dos próximos passos.

O documento é essencial para a conclusão da fusão, que deve ser aprovada pela Unirio. Caso haja a viabilidade da fusão, e após deliberação do Conselho Universitário da Unirio, o HFSE será doado pelo Ministério da Saúde à universidade. Em seguida, a Instituição de Ensino deverá celebrar contrato de gestão especial com a Ebserh, para que a estatal passe a gerenciar a nova unidade hospitalar.

A diretora do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH) do Ministério da Saúde, Teresa Navarro, reforçou que o HFSE é uma superpotência para a cidade do Rio de Janeiro. “A união vai resultar em um dos maiores hospitais universitários do Brasil. Quem mais ganha com isso é a população do Rio de Janeiro”, defende.

O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, ressalta que a nova unidade pode trazer investimentos importantes no campo de formação, ensino e pesquisa.

“Esse Hospital tem uma potência imensa de responder não apenas às maiores necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio de Janeiro, mas também de se configurar como um espaço ainda mais qualificado. Esperamos que nos próximos dois meses seja possível concluir os trabalhos e levar a decisão aos órgãos competentes da Unirio, do Ministério da Saúde e da Ebserh”, adianta.

O reitor da Unirio, José da Costa Filho, aponta que a parceria trará benefícios para os centros acadêmicos e as políticas de pesquisa e inovação. “Do ponto de vista da universidade, o crescimento institucional que podemos alcançar é evidente”, conclui.

O diretor-geral do HFSE, Paulo Roberto Pereira de Sant’Ana, ressalta que a união das instituições foi primordial para construir a conjuntura e iniciar o caminho que a fusão pode seguir. “Realizamos diagnósticos e reunimos informações. Observamos os interesses e trabalharmos juntos para alinhar todos os pontos necessários”, explica.

O estudo para a fusão foi formalizado por meio de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a Ebserh, o Ministério da Saúde e a Unirio, em novembro de 2024. Com a integração, serão 500 leitos à disposição do sistema de saúde. Além disso, haverá maior capacidade de qualificação para os profissionais com a abertura de novas vagas de residência médica.

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Na foto, a diretora do DGH vistoria instalações do hospital junto a uma comitiva (Foto: divulgação/MS)

Reestruturação

Ao todo, quatro unidades federais já iniciaram o Plano de Reestruturação. Além do HFSE, os hospitais federais do Andaraí (HFA), Cardoso Fontes (HFCF) e de Bonsucesso (HFB) já começaram o processo.

O HFA e o HFCF tiveram a gestão descentralizada em dezembro último, em ato assinado pelo presidente Lula e pela ministra, no Palácio do Planalto, em Brasília. A medida faz parte do Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro, elaborado pelo Ministério da Saúde. A meta é dobrar o número de atendimentos.

O ministério repassou R$ 150 milhões à prefeitura do Rio de Janeiro. Além desse pagamento, está prevista a incorporação de R$ 610 milhões de teto MAC (atendimento de média e alta complexidade) para a cidade do Rio de Janeiro. Os investimentos em ambas as unidades permitirão o funcionamento de 700 leitos no total. Atualmente, o HFA conta com 304 leitos e chegará a 450. Já o Cardoso Fontes tem 182 e passará a ter 250 leitos.

A unidade de Bonsucesso é administrada pelo Grupo Hospitalar Conceição (GHC) desde outubro de 2024. Entre as ações mais recentes, está a reabertura da emergência, a contratação de 2 mil funcionários e o investimento de R$ 30 milhões na compra de equipamentos.

No caso da unidade da Lagoa, há uma proposta em andamento com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para integração do Instituto Fernandes Figueira (IFF) ao hospital. Já o Hospital de Ipanema está passando por ações de modernização e melhorias nos próximos meses.

Como resultado do plano, três emergências foram reativadas, além da abertura de leitos e ampliação de exames e consultas.

Servidores

A reestruturação em curso garante todos os direitos dos servidores dessas unidades hospitalares. Haverá um processo de movimentação voluntária dos profissionais, que respeitará a opção deles por outros locais de trabalho.

A pasta da Saúde criou um canal de atendimento para tirar dúvidas dos servidores sobre o plano de movimentação. Os questionamentos são recebidos por e-mail e respondidos pela Coordenação de Gestão de Pessoas do DGH. Ao todo, as unidades federais possuem 7 mil servidores efetivos e 4 mil temporários.

Otávio Augusto
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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