Vencedores da 30ª edição do Prêmio Jovem Cientista propõem soluções para os desafios da Conectividade e Inclusão Digital no Brasil
Foto:![](https://nmt.com.br/wp-content/uploads/2025/02/346b6a0212f91365b7c9fa67f93010b9.jpeg)
O Prêmio Jovem Cientista está de volta e realizou, nesta quarta-feira (12), a entrega das honrarias a dez pesquisadores e duas instituições agraciadas na 30ª edição. A cerimônia, que ocorreu no Sesi Lab, em Brasília, contou com a presença da ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos; e do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ricardo Galvão. Sob o tema “Conectividade e inclusão digital”, o prêmio retorna após ter sido paralisado em 2019.
“Estamos aqui resgatando uma tradição que foi interrompida. O Prêmio Jovem Cientista, que nasceu lá em 1981 e hoje retorna, simboliza não apenas um novo momento para a ciência no Brasil, mas a reafirmação do compromisso do governo do presidente Lula e do nosso ministério com a valorização do conhecimento, da inovação e do desenvolvimento científico e tecnológico”, pontuou a ministra Luciana Santos durante o evento.
Na edição de 2024, foram 801 inscrições em cinco categorias: Mestre e Doutor, Ensino Superior, Ensino Médio, Mérito Institucional e Mérito Científico, que celebra um pesquisador doutor que, em sua trajetória, tenha se destacado na área relacionada ao tema da edição.
“Eu espero que isso seja um novo farol para os jovens perceberem que a carreira científica pode sim ser desempenhada por eles, por todos aqueles que têm vocação, das classes mais baixas, das classes mais beneficiadas, porque nós precisamos da colaboração de todos esses jovens. Nós queremos tornar o país um país do futuro, um país na fronteira da ciência e do desenvolvimento tecnológico”, enfatizou o presidente do CNPq Ricardo Galvão.
Cada categoria do prêmio atende a um determinado público. Para concorrer como Mestre e Doutor, foram aceitos estudantes de mestrado, mestres, estudantes de doutorado e doutores com até 39 anos de idade em 31 de dezembro de 2024. Já em Estudante do Ensino Superior, estudantes que estavam frequentando cursos de graduação ou que tenham concluído a graduação a partir de 1º de janeiro de 2023 e tinham menos de 30 anos de idade em 31 de dezembro de 2024 puderam se inscrever. Para concorrer na categoria “Estudante de Ensino Médio”, os alunos deviam estar regularmente matriculados em escolas públicas ou privadas de Ensino Médio e Profissional e Tecnológico, com menos de 25 anos de idade em 31 de dezembro de 2024.
Vencedora na categoria Estudante de Ensino Superior, a graduanda Arienny Carina Ramos, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, desenvolveu a pesquisa “Gênero e Poder no Ciberespaço: a Dinâmica do Assédio Sexual Contra Estudantes do Sexo Feminino nas Redes Sociais Online”, com orientação de Breno Alencar. Primeira pessoa da família a ter acesso ao nível superior, no momento em que recebia o troféu, a jovem detalhou o processo do estudo que culminou em uma cartilha institucional.
“Busquei identificar quais grupos de mulheres são as mais vulneráveis a essa violência no ciberespaço, com destaque para mulheres de baixa renda e etnias marginalizadas. Como resultado, elaborei uma cartilha institucional para auxiliar na identificação e sobretudo denunciar casos de assédio online promovendo o ambiente digital mais seguro”, explicou a estudante.
Ainda no evento, a ministra Luciana Santos anunciou o tema da 31º edição. “Eu quero aproveitar essa celebração para, junto com os parceiros que estão aqui comigo, lançar a próxima edição: Resposta às mudanças climáticas: Ciência, Tecnologia e Inovação como aliadas”, revelou a titular do MCTI.
Também marcaram presença na cerimônia do 30º Prêmio Jovem Cientista o vice-presidente de Relações Corporativas da Shell Brasil, Flavio Rodrigues, o secretário geral da Fundação Roberto Marinho, João Alegria, e o diretor superintendente do Sesi, Rafael Lucchesi.
Premiações
O Prêmio contempla os ganhadores com laptops, bolsas do CNPq e valores em dinheiro,
que variam entre R$ 12 mil e R$ 40 mil. Os três melhores trabalhos em cada uma das categorias recebem premiações, extensivas aos orientadores. Para ressaltar o caráter colaborativo da aprendizagem, a categoria Mérito Institucional contempla duas instituições, uma do Ensino Superior e outra do Ensino Médio, que apresentaram o maior número de trabalhos com mérito científico na 30ª edição do Prêmio Jovem Cientista.
Jovem Cientista
O prêmio é uma iniciativa do CNPq em parceria com a Fundação Roberto Marinho, que incentiva a pesquisa científica e valoriza a produção acadêmica em todo o país. O prêmio conta com patrocínio master da Shell e apoio de mídia da Editora Globo e do Canal Futura. O SESI-Lab também apoiou a cerimônia de entrega do PJC.
Nesta edição, os trabalhos abordaram ideias inovadoras sobre como aliar a tecnologia à saúde pública, ao meio ambiente, à luta contra o assédio sexual e à inclusão digital de crianças em situação de vulnerabilidade. Ao longo de 37 anos, foram agraciados 194 pesquisadores e estudantes, além de 21 instituições de ensino.
Conheça os vencedores da 30ª edição do Prêmio Jovem Cientista.