Na última segunda (10) e terça-feira (11), foi realizada, em Brasília, uma oficina técnica sobre o uso da vigilância genômica em morcegos urbanos, promovida pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em parceria com o Ministério da Saúde e outras instituições. O evento reuniu especialistas e profissionais de saúde pública, saúde animal, meio ambiente e pesquisadores de zoonoses emergentes, com o objetivo de discutir a viabilidade da vigilância genômica como ferramenta estratégica para a detecção de patógenos com potencial epidêmico e pandêmico. 

A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVSA), por meio da Coordenação-Geral de Vigilância de Zoonoses e Doenças de Transmissão Vetorial e da Coordenação-Geral de Laboratórios de Saúde Pública, compartilhou suas iniciativas e experiências em vigilância genômica, incluindo o projeto realizado em São Paulo para o estudo do viroma de morcegos urbanos. O Instituto Evandro Chagas (IEC) também esteve presente nas discussões, fornecendo contribuições sobre vigilância de zoonoses. 

Durante os dois dias de evento, foram avaliados os fatores técnicos, logísticos e operacionais necessários para incorporar a vigilância genômica nas redes de saúde pública do Brasil. Além disso, foram discutidas as implicações práticas de implementação e sustentabilidade da estratégia, com foco no mapeamento de cenários onde a vigilância poderia ser mais eficaz, especialmente em áreas de alto risco zoonótico. 
 
Estratégia inovadora 

Durante o evento, Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da SVSA, ressaltou a importância da colaboração entre os diversos setores envolvidos. “Este evento reforça o compromisso do Brasil em utilizar estratégias inovadoras, como a vigilância genômica, para monitorar e prevenir zoonoses emergentes. A integração entre saúde humana, animal e ambiental é fundamental para enfrentarmos desafios globais, como epidemias e pandemias. Continuaremos trabalhando para fortalecer as capacidades de detecção e resposta de nosso sistema de saúde pública”, concluiu.  

João Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde