Saúde incentiva participação feminina na ciência, pesquisa e inovação tecnológica
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Nesta terça-feira (11), é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, que tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância das mulheres na área, além de promover a participação igualitária de gêneros. A data também contribui para dar visibilidade ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5 (ODS-5) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que busca empoderar mulheres e meninas para realizarem seu potencial criativo.
No âmbito do Ministério da Saúde, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics) tem se destacado pelo incentivo à presença feminina em projetos científicos e tecnológicos por meio de chamadas públicas voltadas para avaliações de políticas, programas, projetos e ações em Saúde e pesquisas em avaliação de tecnologias em Saúde.
A Sectics promove seminários e eventos que reúnem especialistas para discutir ciência, tecnologia e inovação na saúde, proporcionando um espaço para o compartilhamento de conhecimentos e o fortalecimento da colaboração entre pesquisadores, profissionais da saúde e gestores públicos. Essas ações também evidenciam a contribuição das mulheres para o desenvolvimento científico e tecnológico no país.
Para a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), Monica Felts, as políticas públicas são fundamentais para integrar as mulheres na ciência e torná-las parte de toda a construção. “As mulheres são bem-vindas na ciência e devem ser valorizadas sempre. Precisamos que todos os ambientes sejam mais plurais e diversos para agregar cada vez mais. A ciência, nessa perspectiva, tem mais pontos de vista, mais pessoas prontas e maduras para discutir e, ao final, chegar a um consenso comum”, destaca a diretora.
Paixão pela ciência
Entre as muitas mulheres dedicadas à ciência e atuando no Ministério da Saúde, está a doutora em Ciências Farmacêuticas e graduada em Química, Andressa de Oliveira, 34 (foto em destaque). Ela relata que sua paixão pela área começou por curiosidade durante o primeiro semestre da faculdade. Atuando no Departamento de Economia e Desenvolvimento em Saúde da Sectics, a profissional desenvolve estudos na área de química medicinal voltados para a descoberta de protótipos de fármacos para doenças negligenciadas, Doença de Alzheimer e doenças metabólicas.
“O mundo da química é fascinante e conseguimos observar estruturas invisíveis que se transformam em um mundo macroscópico, revolucionando diversos aspectos da sociedade. As mulheres estão por trás de grandes descobertas e marcos científicos. Para a nova geração, deixo um recado: a ciência não tem gênero e precisa cada vez mais da figura feminina. Sejam resilientes e persistentes, pois a criatividade e a transformação que conseguimos por meio desse conhecimento são indescritíveis”, relata.
- Ana Carolina Navarrete, advogada, cientista social, ativista do direito à saúde e consultora (Foto: arquivo pessoal)
Aos 37 anos, Ana Carolina Navarrete é advogada, cientista social, ativista do direito à saúde e atua como consultora na Coordenação-Geral de Estudos Estratégicos em Desenvolvimento e Saúde da secretaria. A profissional acredita que a presença feminina nas pesquisas é essencial para garantir um olhar condizente com a realidade de cada território e situação, além de demonstrar diariamente a força das mulheres e a luta pela igualdade de gênero.
“Quando pensamos em pesquisa científica, lembramos de um campo que, por muito tempo, foi predominantemente ocupado por pessoas brancas, especialmente homens. À medida que o acesso ao conhecimento se democratizou, tornou-se mais evidente a importância de termos outros olhares, como o feminino. Desejo que essa área tenha cada vez mais mulheres”, enseja.
Já para Marcela de Freitas, 37, a presença das mulheres na ciência é essencial para contribuir com a busca pelo avanço das inovações, principalmente na saúde. Doutora em Ciências Farmacêuticas e atualmente consultora na Coordenação-Geral de Gestão Estratégica de Tecnologias em Saúde da Sectics, ela conta um pouco sobre sua trajetória nas pesquisas.
- Marcela de Freitas, doutora em Ciências Farmacêuticas e consultora da Sectics (Foto: arquivo pessoal)
“Iniciei minha atuação na ciência ainda na graduação, quando fiz iniciação científica. Acredito que o olhar feminino é essencial em todas as áreas e, na ciência, garante determinação e curiosidade, sempre em busca de algo a mais. O recado que deixo para a nova geração de cientistas é manter a vontade de crescer e sempre buscar a realização dos seus sonhos. Foi assim que cheguei até aqui”, conclui Marcela.
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde